Segunda, 29 Abril 2024

Cenário de 2014 torna-se incerto para reeleição de Renato Casagrande

Cenário de 2014 torna-se incerto para reeleição de Renato Casagrande

As complicações financeiras que devem se agravar no Estado a partir da derrubada do veto da presidente Dilma Rousseff à nova lei de partilha do petróleo preocupam os observadores para o cenário eleitoral de 2014. Se não conseguir encontrar alternativas para a captação de recursos e socorrer as prefeituras, o governador pode sofrer as consequências pelas perdas dos municípios. Se encontrar formas de driblar a crise e apaziguar os ânimos entre as prefeituras que vão perder e as que vão ganhar com a mudança, pode capitalizar.



Mas a situação econômica não é a única preocupação do governo. O palanque de Casagrande, que até o final do ano passado parecia agregar um consenso político, começa a apresentar divergência entre as forças aliadas, o que pode abalar a unidade no grupo.



A possibilidade real de o senador Magno Malta (PR) vir a disputar o governo do Estado trouxe preocupação, e segundo interlocutores palacianos, a queda de Henrique Herkenhoff da Secretaria de Segurança foi uma forma de amenizar as críticas vindas do PR na área de segurança.



Os ecos das movimentações nacionais, que anteciparam o processo de discussão da sucessão presidencial, trazem reflexos para a política local, também criando desconforto entre as forças aliadas do palanque de Casagrande.



Mas o principal problema é a dependência do governador Renato Casagrande às movimentações políticas do grupo de seu antecessor, o ex-governador Paulo Hartung (PMDB). Agora ligado ao presidente da Assembleia, Theodorico Ferraço (DEM), ele ganhou musculatura para dividir o comando das movimentações eleitorais do próximo ano.



Como parte da mídia no Estado ainda é fiel ao sistema político do governo passado, tem contribuído para o fortalecimento de Hartung. Exemplo disso é a forma como vem tratando os ex-prefeitos presos na Operação Derrama.



Até mesmo prefeitos que já figuraram nas páginas dos jornais como pivôs de outros escândalos aparecem como injustiçados, como é o caso do ex-prefeito de Aracruz Ademar Devens, e de Linhares, Guerino Zanon, ambos do PMDB e aliados do ex-governador Paulo Hartung.



Essas movimentações colocam em risco o palanque de reeleição do governador. Para conseguir se manter como grande liderança política do Estado, Casagrande precisa acalmar a base e se livrar das amarras que o prendem ao governo passado. O problema é que ele tem muito pouco tempo para isso.

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