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Chapa de Givaldo recorre contra resultado de disputa que reelegeu Coser

A chapa à presidência do PT do Espírito Santo “Pra Voltar a Sonhar”, encabeçada pelo deputado federal Givaldo Vieira, vai recorrer às instâncias superiores dentro do partido contra o resultado da votação para a direção estadual eleita no Congresso desse sábado (6). A nota é assinada pelos deputados federais Givaldo Vieira e Helder Salomão; pela ex-deputada federal Iriny Lopes e pelos dirigentes estaduais Perly Cipriano e Samira Sanches.
 
Embora o resultado da primeira fase, após recontagem de votos, tenha ficado em 126 para o grupo de Givaldo e Militantes pela Reconstrução, o vencedor da disputa foi o ex-prefeito João Coser, que se somou ao deputado estadual José Carlos Nunes. As duas chapas tinham 124 votos, mas o resultado final ficou em 128 para Coser a 122 para Givaldo.
 
Os aliados da chapa de Givaldo garantem que houve pressão dos delegados. “Há fortes indícios de que o resultado da eleição para a Direção Estadual ocorrida no Congresso do PT-ES, no último sábado (06), foi obtido mediante assédios e pressões feitas, inclusive, por lideranças de outros partidos a delegados antes e durante o Congresso”, diz o grupo em nota.
 
Os integrantes da chapa afirmam que enquanto as votações foram abertas, o grupo de Givaldo vinha vencendo todas as votações, mas a partir do momento em que os votos passaram a ser secretos, para presidente e diretório, a situação mudou.
 
“O suspeito resultado é flagrantemente contraditório com todas as votações anteriores abertas feitas durante o dia do Congresso, no sábado (6), quando os 126 votos, tamanho da nossa bancada, considerando o apoio declarado da chapa Militantes pela Reconstrução do PT, se repetiram sempre a favor de nossas proposições, inclusive quando aprovamos a imediata saída do Governo Paulo Hartung, do PMDB”, afirmam.
 
O grupo destaca ainda que houve uma movimentação no primeiro turno das eleições, nas disputas municipais que elegeram os delegados. Na primeira etapa, Givaldo conseguiu 26 delegados a mais que as duas outras chapas juntas. A chapa de Gilvado conseguiu 2.553 votos, a de Nunes 1.452 votos e a de Coser 1.031 votos em seus respectivos delegados. Mas a coordenação eleitoral do PT anulou urnas em 10 municípios.
 
O grupo recorreu à nacional e conseguiu validar as votações em alguns municípios e Givaldo passou a ter 123 delegados na chapa; Nunes 73; e João Coser, com 51 delegados, ou seja, somados, Coser e Nunes tinham 124 contra 123 de Givaldo, configurando empate técnico para a nova fase. Na última quinta-feira (4), o grupo “Militantes pela Reconstrução”, que tem três delegados no PED, declarou apoio a Givaldo, que passou a ter 126 integrantes.
 
“Ganhamos politicamente, e o resultado da votação pela saída do partido do governo Paulo Hartung comprova isto. Ganhamos numericamente, com mais da metade dos votos de filiados e filiadas que foram às urnas em todo o Estado. Ganhamos, ainda, eticamente, porque nossa chapa não usou métodos reprováveis para retirar a legitimidade da votação da vontade da militância”, diz a nota.

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