Segunda, 29 Abril 2024

Cientista político diz que rede social 'não faz milagre' em campanha eleitoral

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No momento em que partidos políticos e pré-candidatos às eleições de outubro deste ano intensificam a movimentação para garantir espaços e, ao mesmo tempo, começam a esquematizar suas campanhas, o professor e cientista político Darlan Campos, diretor executivo da República Marketing Político, faz um alerta: "As redes sociais são uma ferramenta, como tal, não fazem milagre".

O aviso é mais relevante por conta da proliferação das redes sociais para divulgar realizações da classe política, fora de época eleitoral, que leva o especialista a questionar. "Todos os candidatos deste ano terão alguma atuação na rede, em maior ou menor grau. A pergunta que fica é: qual a melhor estratégia de uso para cada perfil de candidato? As características da candidatura devem determinar como a ferramenta será utilizada. Políticos diferentes, usos diferentes da ferramenta".

Apesar de a propaganda eleitoral começar em 16 de agosto, segundo o calendário da Justiça Eleitoral, desde o início deste mês já há movimentação em torno da estruturação das pré-candidaturas. Nesta sexta-feira (19), se encerra o prazo para o envio de sugestões para as eleições ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que serão discutidas em audiências públicas de 23 a 25 deste mês.

Entre 7 de março e 5 de abril acontece a janela partidária, período em que o detentores de mandatos poderão trocar de partido, para concorrer às eleições de outubro, sem perder o mandato. A filiação partidária e registro de estatutos deverão ser efetuadas até a data limite, 6 de abril, seguindo-se, em julho e agosto, as convenções partidárias e registros de candidatura e a propaganda eleitoral, a partir de 16 de agosto.

Nesse período, de intensas articulações, é que as campanhas deverão ser estruturadas, a fim de cumprir os prazos estabelecidos. Para o professor Darlan Campos, "a contratação de qualquer profissional para uma campanha deve ser estruturada a partir de alguns parâmetros, que ele destaca".

"Histórico profissional e experiência: quais projetos e campanhas/mandato esse profissional atuou e como ele se movimenta dentro das campanhas; habilidades: quais habilidades e competências ele vai agregar ao meu projeto e equipe; atualização: qual nível de atualização e estudo que esse profissional tem, se ele está antenado com o que de mais moderno há em termos de marketing político e eleitoral no Brasil e no mundo".

Darlan aponta a importância das pesquisas de opinião, mas ressalta. "A pesquisa é uma fotografia do momento em que ela foi coletada. É um método científico, e como tal, mostra uma face do real. Temos que lembrar que a realidade é extremamente complexa para caber em uma única fotografia. Por isso a pesquisa deve ser utilizada de forma real, como subsídio para tomada de decisão".

Ele lembra que "sempre que uma pesquisa bem produzida precisa ter um plano amostral, construído por um estatístico registrado no conselho de classe, campo bem controlado, roteiro bem construído e tubulação em software profissional. Pesquisa é diferente de enquete...".

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