Quinta, 02 Mai 2024

Clima esquenta na sabatina de candidatos a conselheiro do Tribunal de Contas do Estado

Clima esquenta na sabatina de candidatos a conselheiro do Tribunal de Contas do Estado
O clima ficou pesado na sessão da Comissão de Finanças da Assembleia Legislativa na tarde desta quarta-feira (18) para a escolha do conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCES). A candidata Marilene Alves Ferreira comprou briga com a Casa ao criticar os deputados em relação à escolha. 
 
A candidata de 54 anos, formada em direito, que atua como auxiliar de serviços no Tribunal de Contas do Estado, questionou a moralidade da escolha afirmando que há falta de isonomia nas perguntas feitas aos deputados-candidatos e aos demais postulantes à vaga aberta em maio com a aposentadoria do conselheiro Marcos Madureira.
 
Marilene levantou a suspeição dos deputados José Esmeraldo e Marcelo Santos, ambos do PMDB, alegando que eles têm interesse na questão, já que têm parentes atuando no Tribunal de Contas. O deputado Atayde Armani (DEM), presidente interino da Comissão, não acatou as alegações da candidata, afirmando que ela deveria fazer um requerimento à Mesa Diretora da Assembleia.
 
As afirmações da candidata em seu discurso de apresentação causaram um enorme desconforto entre os membros da comissão. A servidora do TCE destacou que Esmeraldo recorrendo a subterfúgios, em brechas da lei, dando a entender que ele estaria fazendo perguntas “decorebas” para tentar prejudicar os candidatos. 
 
O deputado José Esmeraldo foi o primeiro a fazer perguntas para a candidata e reagiu às críticas. O peemedebista afirmou que “nunca viu ninguém com tanto ódio no coração”. Ele chegou a chamar a candidata de “folgada”. Os dois passaram a trocar farpas e o presidente teve de interromper a sessão para acalmar os ânimos. 
 
Até o deputado Hercules Silveira (PMDB) que abonou a indicação de boa parte dos candidatos da sociedade civil, não gostou do tom da postulante. Ele se queixou da forma como Marilene se dirigiu à Assembleia. Ao fim de sua sabatina, a candidata pediu desculpas pelos excessos que teria cometido, mas embora tenha generalizado, se referia à situação de certa forma “coronelista” que se dá à política brasileira. 
 
Ela afirmou também durante a sabatina que entende que há poucas chances de ser escolhida conselheira, mas que suas afirmações são um retrato da indignação das ruas. 
 
Pagung
 
O deputado estadual Dary Pagung (PRP) foi o primeiro a ser sabatinado nesta quarta-feira. Em sua apresentação, ele fez um levantamento da situação financeira do Estado em 2003 e destacou a atuação do ex-governador Paulo Hartung no período, tentando se inserir no discurso de reconstrução do Estado, que garantiu os dois mandatos do ex-governador. A estratégia foi parecida com a do deputado Claudio Vereza, sabatinado nessa segunda-feira (16), que também se colocou como um dos protagonistas da reconstrução do Estado.
 
Pagung destacou também sua formação em direito público, além dos dois mandatos de vereador em Baixo Guandu, sua terra natal, e os dois mandatos de deputado estadual. Dary não teve problemas para responder às perguntas, exceto as do deputado José Esmeraldo. Muito genérico e lacônico, o deputado não se fez entender muito bem nas suas formulações.
 
A terceira candidata a ser sabatinada, Tânia Maria Pires e Pinho, simplesmente não compareceu. Armani suspendeu a sessão para esperar a candidata, mas teve que cancelar a sessão. A próxima sabatina dos candidatos a conselheiro do Tribunal de Contas será na próxima terça-feira (24).

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