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Com Esmael Almeida acomodado, disputa passa a ser por vaga no TCE

O deputado estadual Esmael Almeida (PMDB) vai deixar a Assembleia para o retorno de Rodrigo Coelho (PT). O petista, que está à frente da Secretaria de Assistência Social e Direitos Humanos, passa o bastão para o ex-prefeito de Cariacica, Helder Salomão (PT) . Encontrar um lugar para encaixar Esmael estava se tornando um problema para Casagrande, que precisou sincronizar as mudanças para não deixar ninguém insatisfeito pelo caminho.

Tanto é que Casagrande teve o cuidado de anunciar Helder na Secretaria só após confirmar Esmael na Casa Civil. Ele será subsecretário e a costura não deve ter sido fácil. Para os deputados, a Casa Civil é a parte mais delicada do governo, já que é lá que acontece a interlocução entre os poderes.

E a Casa Civil terá uma tarefa complicada neste primeiro semestre do ano: discutir com os deputados a indicação para a vaga do conselheiro Marcos Madureira, que será aberta no final de maio no Tribunal de Contas do Estado (TCES). A vaga pertence à Assembleia e candidatos não faltam.

Mas há o desejo no Palácio Anchieta em ter no Tribunal um conselheiro ligado ao governador Renato Casagrande. Apesar de a Assembleia ter indicado Rodrigo Chamoun para a vaga aberta no ano passado, o ex-deputado, embora seja do PSB, era mais ligado ao ex-governador Paulo Hartung.

Em seu governo, outros três membros da equipe de  Hartung também foram indicados para o tribunal: Sebastião Carlos Ranna (ex-auditor geral do Estado), Sergio Aboudib e José Antônio Pimentel, ambos foram titulares da Casa Civil.

A Assembleia também estaria disposta a lutar pela vaga, indicando um deputado sem a pressão palaciana. Mas vai ser difícil. Na Casa, os nomes mais cotados seriam o do deputado Claudio Vereza (PT) e do líder do governo Sérgio Borges (PMDB). O governo teria uma predileção pelo deputado Dary Pagung (PRP).

Borges  teria menos chances de indicação, o PT tenta pressionar o governo para indicar Vereza, mas a boa relação de Pagung tanto com o governo quanto com os deputados pode facilitar sua campanha ao Tribunal.  Independentemente do nome que se escolha no fim do semestre, o debate deve se aprofundar até maio.  Caso, haja um entendimento para a indicação de Vereza para a vaga, Esmael Almeida retorna para a Assembleia, como suplente da coligação.

Acomodação difícil

A acomodação de Esmael Almeida na Casa Civil não foi uma manobra fácil para o governo. Quando surgiu a vaga na Assembleia, Esmael, que era vereador por Vitória, relutou em ocupar a cadeira, porque temia o retorno de Rodrigo Coelho ao legislativo, o que o deixaria desamparado. Naquele momento houve o compromisso do governador em acomodá-lo, caso o retorno do petista à Assembleia se concretizasse.

Como o movimento do petista de retorno à Assembleia foi necessário para que ele pudesse pavimentar sua candidatura à reeleição para o próximo ano, ocorreu o que Esmael temia. O problema é que com a eleição do filho dele, Davi Esmael para a Câmara de Vitória, pelo PSB, o partido do deputado não se esforçou tanto para ajudá-lo.

O PMDB entende que o deputado deveria ter usado o prestígio político para eleger o filho pelo PMDB e não pelo ninho da pomba. Mesmo com a falta de empenho do partido, o governador insistiu em cumprir o acordo com Esmael, mas não foi fácil encontrar um local para acomodá-lo. Tanto que o retorno de Rodrigo à Assembleia já estava acordado desde o ano passado, mas o anúncio da substituição só aconteceu na última terça-feira (8).

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