Quarta, 01 Mai 2024

Com início conturbado, prefeitos chegam aos 100 primeiros dias

Com início conturbado, prefeitos chegam aos 100 primeiros dias

Na próxima quarta-feira (10), os prefeitos eleitos na disputa de outubro do ano passado chegam aos 100 primeiros dias de governo. A marca que funciona como uma espécie de estágio probatório, vai dar início ao período em que as promessas de campanha começarão a ser cobradas pela população. Na Grande Vitória, os novos gestores, eleitos com o discurso de mudança, precisam apresentar resultados.



Este é um problema para os prefeitos que enfrentaram dificuldades na chegada às prefeituras. Em Vila Velha, o prefeito Rodney Miranda (DEM) passou boa parte do primeiro e segundo meses de gestão reclamando do antecessor, Neucimar Fraga (PR). Diminuiu a crítica, depois de protagonizar um episódio de desgaste, empregando aliados dos vereadores na prefeitura.



Na Serra, o prefeito Audifax Barcelos (PSB) encontrou a pior situação dos cofres públicos, com um rombo que chegava, segundo o prefeito, a R$ 200 milhões. Fez cortes de pessoal e pisou no freio nos investimentos. A expectativa é de que neste primeiro ano de governo o ritmo seja mais devagar para avançar em um segundo momento.

Já em Cariacica, o novo prefeito, Geraldo Juninho (PPS), encontrou uma situação bem organizada, mas se complicou no início da gestão.



O prefeito da Capital, Luciano Rezende (PPS), preferiu não entrar no cabo de guerra com o antecessor, adotou uma postura de diagnóstico da situação do município, e deve acelerar os investimentos a partir do cenário encontrado.



Paralelo à situação financeira dos municípios, o escândalo desbaratado pela Operação Derrama, logo no início do ano, também colocou em alerta as prefeituras do interior. Com sete ex-prefeitos e três prefeitos atuais denunciados, os gestores tomaram como prioridade a forma de cobrança que as prefeituras estavam usando de seus credores.



As movimentações em Brasília que trouxeram perdas de recursos federais para o Estado, ainda no ano passado, foram mais um elemento negativo na chegada dos novos prefeitos. A redução do Fundo de Desenvolvimento das Atividades Portuárias (Fundap) foi um golpe nas finanças das prefeituras e teve reflexos no início das novas gestões.



Passado esse período conturbado, o governo do Estado agora adota uma posição que deve ajudar a equilibrar as gestões municipais. O pacote da Saúde e da Educação, com R$ 118 milhões que vai socorrer as prefeituras, é visto como um elemento de fortalecimento político do governador em busca de reeleição no próximo ano, mas vai ajudar a dar início de fato ao projeto dos prefeitos.

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