Sexta, 17 Mai 2024

Como previsto, Assembleia elege Sérgio Borges para o Tribunal de Contas do Estado

Como previsto, Assembleia elege Sérgio Borges para o Tribunal de Contas do Estado
Em uma votação tranquila e sem surpresas, o deputado estadual Sérgio Borges (PMDB) foi eleito pela Assembleia Legislativa na sessão desta segunda-feira (4) o novo conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCES). Ao todo, 22 deputados votaram. Borges recebeu 16 votos, e com o quorum qualificado não precisou de segundo turno para ser eleito. 
 
O segundo candidato mais bem votado foi o também deputado estadual Claudio Vereza (PT), que recebeu quatro votos dos colegas de bancada. O deputado Rodrigo Coelho quis encaminhar a votação pela bancada, mas foi lembrado pelo presidente que, como se tratava de eleição, não poderia fazê-lo, apenas manifestou-se sobre o tema, dizendo que a candidatura de Vereza não fora uma indicação do partido e sim uma escolha do próprio deputado, mas ratificou a trajetória de vida de Vereza e pediu que os colegas votassem no petista. 
 
Dos 16 candidatos de fora da Casa, dois receberam votos. O perito criminal Deusvaldo Resplande de Carvalho recebeu voto do deputado Hércules Silveira (PMDB), que adotou o pedido da sociedade civil para que candidatos de fora da Assembleia pudessem disputar a eleição. 
 
Boa parte dos candidatos de fora do Legislativo acompanhou a eleição de dentro do plenário. Os deputados-candidatos, como fora aprovado na semana passada, se declararam impedidos de votar. 
 
O peemedebista indicou sete candidatos de fora da Assembleia. Já o deputado Euclério Sampaio (PDT) votou no advogado Ivan de Almeida Ferreira Júnior. Antes da votação, que foi o segundo item da ordem do dia, o pedetista já havia ocupado a tribuna da Assembleia para declarar que faria uma votação em um candidato de fora da Casa, seria segundo ele, “uma escolha técnica”. Os deputados Dary Pagung (PRP) e Paulo Roberto (PMDB) não receberam nenhum voto dos colegas. 
 
As deputadas Aparecida Denadai, do PDT, e Solange Lube, do PMDB, estavam ausentes e o Cacau Lorenzoni (PP), licenciado. Mas quem surpreendeu foi o presidente da Casa, Theodorico Ferraço (DEM), que se absteve da votação alegando foro íntimo. O demista havia confirmado a possibilidade de votação por parte do presidente da Mesa Diretora.
 
Agradecimentos 
 
Ainda durante a votação, os colegas de plenário já davam os parabéns ao novo conselheiro. Borges, em seu discurso, agradeceu a Deus e à família. Disse que pretende contribuir para a transparência no Tribunal e que quer atuar de forma justa na corte. “Espero que não seja motivo de cometer injustiça com ninguém”, destacou o deputado. 
 
Em entrevista coletiva, Borges afirmou que ficou muito feliz com a eleição porque foi a primeira vez que um conselheiro foi escolhido pela Assembleia. Das outras vezes, lembrou, houve nomeação. Na disputa pela vaga, desta vez, havia 20 candidatos e ele foi escolhido. Ao ser questionado sobre a estratégia usada, o deputado disse apenas que, assim como os outros, apenas pediu voto. “Fui mais convincente”, afirmou. 
 
O peemedebista foi questionado se não temia questionamentos de outros candidatos sobre uma condenação de improbidade. O deputado afirmou que tem parecer favorável à sua absolvição e que agora o caso está no Superior Tribunal de Justiça (STJ), destacou que a “contestação faz parte da democracia”, mas que “só existe condenação depois que o processo tramita em julgado”. 
 
Borges parabenizou todos os 20 candidatos, dizendo que todos tinham condição de assumir a vaga. Sobre o problema de saúde, o parlamentar disse estar fazendo tratamento médico e está confiante na recuperação total. O peemedebista também falou das conversas que já vem mantendo com os demais membros do tribunal. “Como presidente da Comissão de Finanças da Assembleia já faço o acompanhamento do Tribunal”, mas destacou que ainda terá muito a aprender no novo cargo. 
 
Ele elogiou o trabalho do presidente Carlos Ranna e afirmou que o sucessor Domingos Taufner tem a responsabilidade de avançar no processo de transparência que vem sendo feito no tribunal. 
 
Mudanças
 
Assim que a decisão da Casa for publicada no Diário Oficial e o deputado nomeado no Tribunal de Contas, a Assembleia deve convocar o suplente de Borges para a vaga, o ex-deputado Esmael de Almeida. 
 
Com isso, a bancada do PMDB permanece do mesmo tamanho, com sete deputados estaduais. Borges também terá que se desfiliar do PMDB, partido que integra desde 1967. Deixará de comandar, portanto, a municipal do partido, que ficará a cargo do vice-presidente José Maria Pimenta. 
 
Quanto à liderança do governo na Casa, que Borges vinha ocupando desde o início do governo de Renato Casagrande, em 2011, também ficará vaga. O mais cotado é o ex-líder do governo Paulo Hartung, deputado Elcio Alvares (DEM). 
 
Já na Comissão de Finanças, o vice-presidente, deputado Atayde Armani (DEM), deve ser oficializado na presidência. Ele vai comandar as discussões sobre o Orçamento do Estado para o próximo ano. 
 
A vaga de conselheiro no Tribunal de Contas foi aberta em maio passado, com a aposentadoria do conselheiro Marcos Madureira, que completou 70 anos de idade. 
 
Aos 65 anos de idade Borges tem mais cinco anos no Tribunal antes da aposentadoria compulsória. Para o plenário, por conta da idade, Borges seria um caminho mais curto para novas vagas no TCES. 
 
Reeleito em 2010 para o quarto mandato consecutivo na Assembleia, Sérgio Borges é formado em engenharia. O conselheiro eleito teve passagem por várias instituições públicas do Estado. Foi presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Cesan, também presidiu a empresa de 1983 a 1987. Também presidiu a antiga Telest. De março de 1996 a março de 1998 presidiu o Banco de Desenvolvimento do Espírito Santo (Bandes). 
 
Em 1998 pelo PMDB elegeu-se pela primeira vez deputado estadual. Foi vice-presidente da mesa diretora da Assembeia de 2005 a 2006, e está à frente da Comissão de Finanças desde 2007.  

 
Veja como cada deputado votou:
 
Aparecida Denadai (PDT) – Ausente
Atayde Armani (DEM) – Sérgio Borges
Cacau Lorenzoni (PP) - Licenciado
Cláudio Vereza (PT) - Impedido
Da Vitória (PDT) – Sérgio Borges
Dary Pagung (  PRP) – Impedido
Hércules Silveira (PMDB) – Deusvaldo Resplande de Carvalho
Euclério Sampaio (PDT) – Ivan de Almeida Ferreira Júnior
Elcio Alvares (DEM) – Sérgio Borges
Freitas (PSB) – Sérgio Borges
Genivaldo Lievore (PT) – Cláudio Vereza
Gildevan (PV) – Sérgio Borges
Gilsinho Lopes (PR) – Sérgio Borges
Glauber Coelho (PSB) – Sérgio Borges
Jamir Malini (PT) – Sérgio Borges
Janete de Sá (PMN) – Sérgio Borges
José Carlos Elias (PTB) – Sérgio Borges
José Esmeraldo (PMDB) – Sérgio Borges
Lucia Dornellas (PT) – Cláudio Vereza
Luiz Durão (PDT) – Sérgio Borges
Luzia Toledo (PMDB) – Sérgio Borges
Marcelo Santos (PMDB) – Sérgio Borges
Marcos Mansur (PSDB) – Sérgio Borges
Paulo Roberto Ferreira (PMDB) – Impedido
Roberto Carlos (PT) – Cláudio Vereza
Rodrigo Coelho (PT) – Cláudio Vereza
Sandro Locutor (PPS) – Sérgio Borges
Sérgio Borges  (PMDB) – Impedido
Solange Lube (PMDB) – Ausente
Theodorico Ferraço (DEM) - Abstenção

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