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Composição dos palanques mostra disputa na Grande Vitória e no interior

A composição dos dois principais palanques eleitorais do Estado mostra a estratégia de cada grupo pela disputa do eleitorado. O governador Renato Casagrande e seu antecessor Paulo Hartung (PMDB) escolheram seus parceiros de acordo com as necessidades de aproximação na Grande Vitória e no interior.

No palanque de Casagrande, o candidato ao Senado, Fabiano Contarato (PR), tem grande  visibilidade no Estado devido à sua atuação na Delegacia de Delito de Trânsito do Estado. Isso fez com que, pela TV e jornais, sua imagem chegasse a vários pontos do Estado, consolidando-a. Além disso, Contarato é uma figura reconhecida pelas redes sociais, o que permite o diálogo do palanque do governador com esse meio.

Já o candidato a vice, o presidente da Câmara de Vitória, Fabrício Gandini (PPS), é uma figura no palanque que além de mostrar a preocupação de Casagrande em conquistar os votos na Grande Vitória – muito se falou sobre essa composição em seu palanque nos últimos dias – nas palavras do próprio Casagrande, é uma liderança jovem. Gandini, apesar de já antigo na política, é novo na disputa eletiva. Há neste sentido uma tentativa de diálogo com um público arredio à política tradicional.

No palanque de Hartung, as figuras ao seu redor também mostram a estratégia eleitoral do grupo que segue uma linha parecida. O candidato a vice, deputado federal César Colnago (PSDB), também tem concentração na Grande Vitória, e como deputado federal, pode ajudar a puxar votos para o palanque, embora não seja considerado um campeão de votos.

A candidata ao Senado, Rose de Freitas (PMDB), é conhecida pela defesa das bandeiras municipalistas e tem como base mais de 50 prefeitos do interior. Mesmo com o mercado político entendendo que Hartung não fará campanha para ela, Rose deve fazer campanha para o palanque do PMDB, fortalecendo o ex-governador também no interior.

Além disso, a ideia de que Hartung trabalhará pela eleição de João Coser (PT) na disputa ao Senado, lhe dá um segundo nome com imagem consolidada na Grande Vitória e no interior do Estado, saindo em vantagem sobre o palanque de Casagrande.

No palanque de Hartung também há uma tentativa de diálogo com a juventude, mas ela vem pelo discurso do candidato. Na convenção, Hartung fez seu pronunciamento cercado pela juventude do partido e falou sobre tecnologias de informação e redes sociais, tentando passar a ideia de conhecedor  da área. Chegou até a chamar atenção para o que acreditava ser a parte mais importante de seu discurso.

Outra tentativa de diálogo com as ruas está no fato de Hartung não ter ao seu lado muitos partidos, diferentemente de Casagrande, que tem 18 siglas. A ideia aqui seria a de evitar colar sua imagem aos partidos, que têm rejeição da juventude, como mostraram as manifestações de junho de 2013.

 

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