A sessão ordinária desta terça-feira (25) na Assembleia Legislativa durou apenas 10 minutos por falta de quórum. Enquanto a sessão acontecia, os deputados estaduais estavam na reunião do Colégio de Líderes e o clima estava quente. Em pauta, o corte de R$ 700 nas emendas individuais, que nos bastidores tem causado muita insatisfação entre os deputados.
Na semana passada, o assunto ganhou repercussão no Legislativo, depois que o secretário-chefe da Casa Civil, Zé Carlinhos da Fonseca, e o do Planejamento, Regis Mattos, estiveram na Casa para comunicar ao presidente da Assembleia, Theodorico Ferraço (DEM), o corte linear nas emendas.
O anuncio criou muita polêmica entre os deputados, principalmente porque um dos defensores do corte entre os deputados, Dary Pagung (PRP), presidente da Comissão de Finanças e relator do Orçamento do Estado na Assembleia já havia conseguido liberar R$ 700 mil das suas emendas, enquanto deputados não tão alinhados com o Palácio Anchieta não tiveram nenhuma emenda atendida.
Para alguns parlamentares, o atendimento parcial das emendas (R$ 500 mil) traz mais problemas do que soluções, já que cria embaraços entre as bases dos deputados. Com a insatisfação dos deputados, alguns defendem que não haja mais as emendas, o que abre espaço para que os parlamentares possam mexer em todo o Orçamento, algo que o governo do Estado estaria tentando evitar.
Outro assunto tratado na reunião do Colégio de Líderes foi a polêmica envolvendo as assessorias de militares na Casa, que ganhou destaque na imprensa, já que os policiais não estão atuando na segurança da Assembleia, mas na orientação a projetos de interesse da PM.