Quarta, 01 Mai 2024

Coser adota discurso do PT e joga a ???culpa??? em Casagrande

Coser adota discurso do PT e joga a ???culpa??? em Casagrande
Um discurso que já vem sendo colocado pelas lideranças do PT dentro do partido foi adotado pelo presidente da sigla, João Coser, na entrevista à Rádio CBN Vitória, na manhã desta quarta-feira (14). Com a indefinição do partido sobre qual palanque adotar na eleição deste ano, o PT acabou tendo a porta do palanque do governador Renato Casagrande fechada com o anúncio do socialista em favor da candidatura do presidenciável do PSB, Eduardo Campos.
 
Dentro do partido algumas lideranças petistas vêm tentando jogar no colo de Casagrande a “culpa” pela situação que o partido está neste momento político. Mas, para os meios políticos, a situação foi criada pelo próprio PT. O partido vinha defendendo a permanência no palanque de Casagrande, que por sua vez mantinha uma postura de neutralidade em relação à disputa nacional. Oferecia ainda a possibilidade de Coser disputar o Senado pelo grupo, o que garantiria o espaço para a defesa da candidatura da presidente Dilma Rousseff à reeleição. 
 
Mas a partir da disponibilização do nome do ex-governador Paulo Hartung, como candidato do PMDB ao governo, a cúpula do PT passou a discutir a ida do partido para o palanque de Hartung. Mas o ex-governador frustrou as expectativas dos petistas ao não assumir de imediato a candidatura petista à Presidência e ainda iniciou um processo de aproximação com o PSDB, que é adversário do partido na disputa presidencial, com Aécio Neves. 
 
Isso impediria a permanência do PT no palanque de Hartung também, por isso, o PT pode ser obrigado a disputar uma eleição ao governo do Estado isolado, para garantir o palanque de Dilma. Uma eleição para a qual o partido não se preparou. 
 
Coser, na entrevista à CBN, afirmou que o partido não teve tempo de “pensar” ao se referir ao anúncio do apoio de Casagrande a Eduardo Campos, o que para os meios políticos é visto como uma tentativa de jogar no governador a culpa pela escolha equivocada do PT. 
 
Ainda na entrevista, Coser criticou a movimentação de 2010 que levou Renato Casagrande ao governo. Ele lembrou que fez parte da movimentação em torno da candidatura de Ricardo Ferraço (PMDB) e que a estratégia seria a de Ricardo assumir o governo, com a saída de Hartung ao Senado, o que lhe daria apenas quatro anos de mandato, fazendo com que a disputa ficasse aberta este ano para as outras lideranças, inclusive Renato Casagrande, que encerraria o mandato de senador este ano. Coser afirmou que ficaram mágoas da virada de tacho, se referindo à troca de candidato ao governo em 2010, e que o partido não participou dessa movimentação. 

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