Coser é único em condições de assegurar palanque de Dilma no ES
Com a porta fechada no palanque do governador Renato Casagrande, depois de ter declarado apoio à candidatura do presidenciável do PSB Eduardo Campos, e com a aproximação do ex-governador Paulo Hartung do tucano Aécio Neves, o PT precisa decidir seu posicionamento sobre o palanque da presidente Dilma Rousseff no Estado.
Embora as lideranças do partido façam conjecturas sobre os possíveis nomes para puxar um palanque próprio, para os meios políticos, o único nome mais competitivo no partido, apesar do desgaste, é o do presidente regional da legenda, o ex-prefeito de Vitória João Coser. O petista não é favorito, mas, ante ao atual cenário político, precisa ocupar o espaço.
O partido, porém, vem buscando caminhos para construir um espaço político complicado. O grupo de Coser, mesmo diante da evidente incompatibilidade com os dois campos, continua insistindo em transitar no eixo Casagrande e Hartung.
Sem o espaço nestes campos, o caminho do PT seria tentar atrair o PR do senador Magno Malta, que já tem até candidato ao Senado, com o delegado Fabiano Contarato. Pode ainda tentar pressionar, por cima, o PDT do ex-prefeito da Serra Sérgio Vidigal. A estratégia. nesse caso, seria cobrar da nacional o comprometimento do partido com o palanque de Dilma Rousseff.
Essa movimentação traria alguma segurança para a disputa proporcional do partido, além de ter certeza sobre a movimentação em torno da disputa presidencial. Isso porque as experiências passadas do PT, tanto com Hartung quanto com Casagrande mostraram falta de comprometimento das lideranças com o projeto nacional do partido.
O ex-governador atraiu o PT para as conversas, mas não fechou acordo, justamente por causa do viés de baixa da presidente nas últimas pesquisas. Paralelamente, iniciou um processo de aproximação com o PSDB, mas o partido segue dividido entre o apoio a Hartung, uma candidatura própria de Guerino Balestrassi (PSDB) ou uma aproximação com o PSB de Casagrande.
O governador, por sua vez, diante da ida do PT para as conversas com o PDMB, deixou a posição de neutralidade, que oferecia aos aliados para manter a unanimidade, e desde o início do mês declarou apoio ao candidato de seu partido a presidente da República, Eduardo Campos.
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