Depois de uma série de parênteses abertos, a CPI da Sonegação de Tributos da Assembleia parece não ter um rumo certo a seguir daqui pra frente. Depois da discussão sobre a presidência do colegiado, os deputados não parecem mais ter um foco para mirar.
Na reunião desta terça-feira (13), os deputados pretendiam ouvir a aposentada Marli Oliveira Carvalhinho, que havia pedido para falar, pois tinha denúncias de sonegação de impostos no Estado. A aposentada seria ouvida na semana passada, mas não compareceu à audiência. Nesta terça (13), ela esteve na reunião e entregou seu depoimento por escrito aos parlamentares sob a justificativa de estar impedida por problemas de saúde de ser submetida à sabatina.
Também era aguardado na reunião o representante das empresas RCA TV Norte e RCA Company de Telecomunicações, Ricardo Emilio Grilli. Ele não compareceu, mas enviou justificativa. A ausência foi por causa de uma audiência judicial já anteriormente marcada. Os deputados remarcaram seu depoimento para a próxima terça-feira (20).
Criada em março passado, o colegiado surgiu com a ideia de apurar sonegação de impostos por parte de empresas petrolíferas, o que acabou se transformando em um canal de desagravo para os ex-prefeitos presos na operação derrama, entre eles dois deputados – Guerino Zanon (PMDB) , que faz parte da comissão, e Edson Magalhaes –, além do presidente da Casa, Theodorico Ferraço (DEM) que teve a mulher, Norma Ayub presa na operação também. Ele fez uma série de acusações ao Judiciário, ao Tribunal de Contas e ao grupo especializado da Polícia Civil que comandou a operação.
Após essa fase, os deputados alegaram não ter recursos humanos especializado para analisar os documentos levantados e a CPI chegou a ser suspensa. Mas foi retomada e com prorrogação de 90 dias. A partir daí, porém, o colegiado ainda não definiu muito bem os rumos que pretende seguir a partir de agora.
