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CPI dos Maus Tratos pode ser nova bandeira de Magno Malta para 2018

O senador Magno Malta (PR) foi eleito presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Senado, que investigará maus-tratos contra crianças e adolescentes. Segundo o senador, são inúmeras as denúncias que a imprensa apresenta todos os dias de maus-tratos contra crianças no Brasil. Ele ainda lembra que na maioria dos casos os agressores são pessoas que deveriam proteger os menores.
 
Politicamente, a CPI vem num momento propício para o senador que busca fortalecimento para 2018. No Estado, Malta não teria mais a mesma capilaridade de suas duas campanhas passadas. Na primeira foi eleito com o combate ao narcotráfico, mas foi a CPI da Pedofilia que fez com que o parlamentar ficasse conhecido nacionalmente. 
 
Na disputa de 2010, Malta disputou com a bandeira da redução da maioridade penal, promessa que não pode cumprir, até porque isso dependeria de uma mudança na Constituição. Neste sentido, o senador perdeu o apoio de parte do eleitor capixaba. Além disso, Malta fez apostas erradas em 2014, primeiro insinuando o desejo de disputar o governo do Estado, o que fez seu partido encolher. Depois tentou sem sucesso entrar na disputa a presidente da República, mas não conseguiu convencer a cúpula nacional do PR. 
 
O senador tentou emplacar algumas bandeiras, mas ainda não havia encontrado uma com seu perfil. Com discurso fácil e de grande aderência, o senador à frente da CPI dos Maus-Tratos de Crianças com foco em adequar a legislação, pode ser um trunfo em seu novo projeto de tentar emplacar a vice, na chapa a presidente do ultraconservador Jair Bolsonaro (PSC, de saída para o PEN). 
 
Malta que também é proponente do controverso projeto “Escola Sem Partido”, no Senado, diz que a ideia é mudar a legislação para “proteger as crianças e adolescentes”. E sua dedicação à nova bandeira será total. “Vou pedir licença em algumas comissões que já sou titular no Senado e focarei minha atenção nesta Comissão que já recebeu muitas denúncias de maus tratos contra crianças que precisam de investigação. Vamos convocar ministros, promotores, juízes, delegados, médicos e diversas autoridades que já operam nesta área. A luta já começou”, disse Magno Malta.
 
Malta pretende desenvolver os trabalhos da comissão em eixos estratégicos, investigando a automutilação e suicídio de crianças e adolescentes; abuso, exploração e violência sexual contra crianças e adolescentes; maus tratos em abrigos, creches e instituições afins; violência contra crianças indígenas e exploração de trabalho Infantil.
 
“Acreditamos que a CPI terá abrangência internacional já que vamos ouvir os diretores do WhatsApp, facebook, google e abriremos novamente a caixa preta da internet. Depois desta CPI, com certeza, teremos uma nova legislação para crimes contra crianças e jovens no pais. São muitos abusos e descasos contra crianças que serão apurados nos seis meses de atividades da CPI”, prometeu Magno Malta.

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