Crise com Assembleia pode prejudicar indicação palaciana ao Tribunal de Contas do Estado
A crise estabelecida no plenário da Assembleia, com duras críticas à falta de atenção do governo do Estado às demandas dos parlamentares, pode prejudicar o acerto entre Palácio Anchieta e o Legislativo sobre a vaga no Tribunal de Contas do Estado (TCES) com a aposentadoria do conselheiro Marcos Madureira, que completa 70 anos nesta quarta-feira (29).
O sucessor de Madureira, que foi deputado estadual antes de se tornar conselheiro, geralmente é indicado pela Assembleia Legislativa, mas como não havia consenso na Casa sobre um nome do Plenário, o governador Renato Casagrande (PSB) ocupou a brecha deixada pela Assembleia e passou a trabalhar um nome ligado ao Palácio Anchieta.
O nome escolhido seria o do secretário-chefe da Casa Civil, Luiz Carlos Ciciliotti. Para viabilizar o projeto uma manobra teria sido costurada com o presidente da Assembleia, deputado Theodorico Ferraço (DEM), que recentemente teve a mulher, a ex-prefeita de Itapemirim, Norma Ayub (DEM), indicada para assessora especial da Casa Civil, o que garantiria o apoio de Ferraço à indicação palaciana.
A movimentação teria esbarrado, porém, em uma séria crise estabelecida entre o governo do Estado e os deputados estaduais, irritados com a falta de atendimento do governo às suas demandas. Além disso, a aproximação com Ferraço teria sido inócua, já que o presidente da Casa não teria mais o controle do plenário após o escândalo deflagrado com a Operação Derrama.
Paralelamente, na Assembleia, começou a ganhar apoio a candidatura do deputado estadual Sérgio Borges (PMDB), líder do governo, à cadeira de Madureira. Diante da falta de diálogo do governo com os deputados e às constantes reclamações dos parlamentares nas sessões, cresce nos meios políticos a ideia de que dificilmente o governador conseguirá um acordo fácil para a indicação de seu secretário para o Tribunal de Contas.
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