De olho no calendário eleitoral, cenário de 2014 ainda é confuso no Estado
Faltando menos de três meses para o fim do prazo das filiações partidárias aos candidatos que pretendem disputar as eleições 2014, o cenário fica cada vez mais confuso no Espírito Santo, seja para a disputa majoritária ou na proporcional.
A única certeza é de que a disputa será no mesmo molde da eleição passada, já que a possibilidade de alteração por conta da reforma política foi descartada. No mais, as lideranças do Estado ainda aguardam o cenário nacional clarear para retomar as movimentações locais.
O estrago causado no prestígio das lideranças nacionais pode dificultar a "dança das cadeiras", já que o palanque único em torno do governador Renato Casagrande está cada vez mais distante de ser consolidado.
Aparentemente, três grupos podem disputar a eleição ao governo. Além de Casagrande, a candidatura do senador Magno Malta (PR ) é praticamente certa e ainda há uma intenção do PMDB de lançar uma candidatura própria, ou com o senador Ricardo Ferraço ou com o ex-governador Paulo Hartung. Mas a ideia de que uma aproximação entre Aécio Neves (PSDB) e Hartung pode criar um palanque tucano para Hartung no Estado, mexe ainda mais com o cenário.
Nesse contexto as lideranças que pretendem disputar a eleição proporcional estariam esperando uma definição do campo majoritário para buscar uma melhor acomodação nas alianças que serão postas. O problema é que há uma expectativa de um número muito grande de candidatos tanto para a Assembleia Legislativa quanto para a Câmara dos Deputados. Essa tendência complica ainda mais as articulações, já que há preocupação com o peso das chapas a serem construídas.
Enquanto isso, lideranças políticas que pretendem mudar de partido aguardam a definição do cenário. Mas a possibilidade de até o fim do prazo este cenário estar mais consistente, esbarra na dificuldade trazida com as mobilizações populares, que mudaram a agenda de discussão, assim como afetaram o prestígio político dos captadores de votos. Daí o cuidado na escolha dos partidos que vão abrigar as lideranças.
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