Domingo, 28 Abril 2024

Debate sobre redução do ICMS pode ser 'compensação' por perda de royalties

Debate sobre redução do ICMS pode ser 'compensação' por perda de royalties

Um debate que promete ser acalorado no Congresso Nacional nos próximos dias é o que se refere à unificação das alíquotas do ICMS. Os estados do Sul e do Sudeste se articulam para promover mudanças no projeto enviado ao Senado e à Câmara dos Deputados. Mas a discussão promete não ser tão tranquila como se imaginava.



Em matéria publicada nesta segunda-feira (11) no jornal Valor Econômico, o senador Francisco Dornelles (PP-RJ) rejeita a ideia de deixar parte do ICMS do petróleo no Estado de origem como uma forma de corrigir, o que chamou de injustiça em relação à nova distribuição dos royalties, que causou muita polêmica no Congresso desde o fim do ano passado.



Essa mudança para beneficiar os estados produtores exigiria alterações no texto original da proposta, mas para Dornelles a medida não deve tirar o foco da batalha de Rio de Janeiro e Espírito Santo pelos royalties.



As discussões sobre as alíquotas do ICMS já têm trazido prejuízos ao Estado. Ainda segundo o Valor, o secretário de Fazenda, Maurício Duque aponta a redução de 60% do ICMS sobre importação no mês de fevereiro em comparação com o mesmo período do ano passado. O impacto, causado pela Resolução 13, que teve o objetivo de acabar com a guerra dos portos, significou uma redução nominal para o Estado de 1,5%.



Duque diz que o Estado estava preparado para a redução e que o cenário projetado era pior, já que se temia a diminuição nas atividades de importação com a redução do Fundo de Desenvolvimento das Atividades Portuárias (Fundap), o que não aconteceu. A queda de arrecadação na importação incentivada, segundo Duque, reflete, por enquanto, na alíquota de interesse estadual de 12% para 4%.



A resolução enviada ao Senado garante a convergência das alíquotas de 12% e 7% para 4% em 12 anos. Também deve ser analisada a medida provisória 599/2012 que cria os fundos de compensação e de desenvolvimento regional. Há ainda um projeto de lei complementar que altera o indexador das dívidas de Estados e municípios com a União, mudando do Índice Geral de Preços (IGP-DI) para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Ampliado (IPCA).



A articulação maior é dos estados do Sul e Sudeste, que respondem por mais de 70% da arrecadação nacional do imposto. Os estados querem a a redução no prazo de convergência, de 12 para oito anos, e uma avaliação mais criteriosa da convalidação dos benefícios.



 

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