Sábado, 18 Mai 2024

Declaração de Marina sobre apoios distintos da Rede e do PSB repercutem no Estado

Declaração de Marina sobre apoios distintos da Rede e do PSB repercutem no Estado


A aliança nacional entre PSB e Rede ainda tem pontos a serem discutidos internamente. A declaração da estrela maior da Rede, a ex-senadora Marina Silva, na imprensa nacional, de que os dois partidos podem apoiar candidatos diferentes nos Estados, dependendo das realidades regionais, teve repercussão também no Espírito Santo.



A questão já vinha sendo discutida internamente pelos membros da Rede no Estado, mas ficou evidente em um longo texto publicado pelo professor Roberto Beling em seu blog, nesse domingo (15). Beling, que é um dos coordenadores da Rede no Estado, destaca que no caso do Espírito Santo essa relação entre os dois partidos ganha um grau maior de complexidade, já que o governador Renato Casagrande é do PSB e disputa a reeleição.



O professor destaca que a relação entre os dois partidos deve ser de equivalência partidária. A Rede não deixou de existir, sendo aderida ao PSB, e deve participar das decisões de forma a contemplar sua acomodação no cenário político e os interesses em relação à nacional do partido também.



Outro ponto a ser destacado é o fato da incerteza sobre o apoio do governador Renato Casagrande ao palanque nacional do PSB/Rede. “Até o momento, o palanque de Casagrande não é o palanque de Eduardo/Marina e no contexto da política do Estado a aliança preferencial e prioritária  de Casagrande é com o PT e o PMDB”, destaca.



Em seu texto, Beling lembra que o governador vem defendendo um palanque de neutralidade em relação à disputa nacional. “O discurso da "neutralidade" significa o não compromisso com o palanque da Coligação Democrática, e, nesse contexto,  é na prática favorecer o palanque de Dilma Roussef”, afirma o professor.  



Essa unanimidade, explica Beling, construída a partir do governo Paulo Hartung, não serve ao objetivo do grupo em nível nacional de buscar a viabilização de uma alternativa a polarização entre PT e PSDB, mas a manutenção desse arranjo político “em troca das benesses do poder e do loteamento do aparelho governamental acima de todas as considerações. Projeto de 'Unanimidade" que tem no limite a exclusão do povo do processo decisório, transformando- se a eleição em um "arranjo de gabinete", cabendo ao eleitor apenas a função de homologar a decisão das elites”, desabafa.



Os problemas internos da aliança entre Rede e PSB no Estado não é um caso isolado. Beling cita problemas em vários municípios sobre a relação entre os partido, como por exemplo, São Mateus, Santa Teresa, Fundão, Santa Maria de Jetibá e Viana.

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