Sexta, 26 Abril 2024

Delta fica no centro da CPI do Cachoeira, mas ES ficará de fora

Os repasses da empresa Delta a empresas “fantasmas”, que colocam o foco da CPI para além dos eventos no Centro-Oeste do País, ganharam  força no Congresso Nacional, mas a atuação da empresa no Espírito Santo vai ficar de fora das investigações. O único representante do Estado na Comissão, o deputado Paulo Foletto (PSB), deixou os trabalhos porque não concordava com o andamento da CPI.



Foletto chegou a dizer que incluiria nas investigações da CPI a atuação da Delta Incorporação – um dos braços da Delta Construções no Estado – e inclusive convocar o gestor comercial da empresa José Maria Oliveira Filho, irmão do ex-secretário de Estado da Fazenda, José Teófilo.



Depois da saída de Foletto, porém, a coisa se espalhou. Segundo o jornal O Globo, a CPI teve acesso a dados da quebra de sigilos bancários da Delta fornecidos por três bancos, referentes a transações entre 2008 e 2012.



A assessoria do senador Randolfe Rodrigues (Psol-AP) calcula repasses de R$ 302,2 milhões a 13 empresas, quatro pertencentes ao grupo de Cachoeira. Seis empresas de São Paulo receberam R$ 149 milhões, duas no Rio de Janeiro, receberam R$ 56,2 milhões e uma de Goiás com R$ 97 milhões. Mas, alerta o gabinete do senador, pode ser muito maior.



Além dos vínculos para a prestação dos serviços de manutenção em redes e esgoto na Grande Vitória, a Delta tem contrato com o Departamento de estradas e Rodagens (DER) para a execução de obras de asfaltamento em rodovias estaduais. Em sete anos no Estado, a empresa arrematou cerca de R$ 210 milhões em contratos com o governo do Estado.

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