terça-feira, julho 1, 2025
20.9 C
Vitória
terça-feira, julho 1, 2025
terça-feira, julho 1, 2025

Leia Também:

Depois de desistência, clima na Câmara não deve ser favorável a novato

Terminou nessa terça-feira (27) o prazo para a inscrição de chapas para a disputa à presidência da Câmara de Vitória. A Casa deve ter mesmo só uma candidatura, até porque cada chapa precisa de sete integrantes e a movimentação que desmanchou a construção em torno do vereador eleito Leonil Dias (PPS), na última sexta-feira (23), não deixou tempo hábil para uma outra articulação.

Quem saiu desgastado nessa movimentação foi o Leonil, que comandaria a chapa até ali construída com uma ampla discussão e que já contava com todos os nomes para a ocupação dos cargos da Mesa Diretora.

O desmonte do grupo de Leonil começou com a saída do vereador eleito Roberto Martins (PTB), que estaria de olho na Comissão de Justiça da Casa, mas acabou sem acomodação. Outro que também fragilizou a chapa ao deixá-la foi Deninho (PPS). A partir daí, o grupo foi se desfazendo e o único caminho que restou foi a candidatura única de Vinícius Simões.

O que teria irritado os demais vereadores é que o vereador recuou da candidatura sem comunicar aos colegas, depois de uma conversa com o prefeito Luciano Rezende (PPS) e, posteriormente, conseguiu se acomodar na chapa única que vai disputar a eleição e será encabeçada por Vinícius Simões, também do PPS.

Este, porém, não foi o único problema na construção da nova Mesa Diretora da Câmara, que será eleita neste domingo (1). As movimentações de bastidores foi tão ruidosa que ecoou no mercado político. Os comentários são de que a influência do prefeito Luciano Rezende foi atraída pelo vereador Fabrício Gandini, também PPS. Foi Gandini quem organizou um encontro com todos os vereadores, exceto Max da Mata (PDT), no fim de novembro, que deu o pontapé inicial para as articulações.

Naquele momento, três nomes estavam sendo colocados: Leonil, Vinícius Simões e Davi Esmael (PSB). O socialista se uniu ao grupo de Leonil e Vinícius não passava de quatro apoios no plenário. Mas o que os vereadores não contavam era que o prefeito fosse chamar a atenção do vereador aos gritos e em local público, diga-se de passagem.

O Executivo teria usado o subterfúgio de que a chapa teria DNA palaciano, mas para algumas lideranças, o real motivo foi o convencimento de Gandini de que Simões representaria um controle maior da Câmara para seu grupo, no momento em que Gandini se tornar secretário municipal, garantindo a influência nos dois poderes.

Mais Lidas