Sexta, 19 Abril 2024

Deputado critica gestão Bolsonaro e aponta retrocesso no Código Eleitoral

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O deputado estadual Sergio Majeski (PSB) apontou retrocesso no novo Código Eleitoral, aprovado nessa terça-feira (14) na Câmara Federal, que altera as regras para as próximas eleições, destacando dificuldade para se punir políticos que usem de forma inadequada o dinheiro dos fundos partidário e eleitoral. O assunto fez parte de discurso proferido na sessão da Assembleia Legislativa, quando teceu "duras críticas à forma como vem sendo conduzida a gestão do presidente Jair Bolsonaro diante dos problemas que afetam o país".

O discurso do parlamentar reforça a análise de indicadores nos quase três anos do governo Bolsonaro, que demonstra que o Brasil não avançou em nenhuma área. A má gestão conseguiu impor retrocessos na economia, no meio ambiente, saúde e educação, e, principalmente no campo social, onde se destacam mais de 14 milhões de desempregados, fome e miséria entre as famílias mais vulneráveis.

Além isso, há o isolamento político do presidente da República, agravado com um crescente número de pedidos de impeachment e as denúncias que vieram a público na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19, envolvendo o governo em supostos casos de corrupção e atos golpistas, como o frustrado 7 de Setembro. Essa data deveria marcar uma nova fase de governo com o crescimento de poder em torno do presidente, com enfraquecimento do Supremo Tribunal Federal (STF), o que não ocorreu.

Em seu discurso, Majeski criticou a falta de foco do executivo nacional para as pautas que realmente interessam ao Brasil neste momento. "São quase 15 milhões de desempregados que nós temos, hoje, no Brasil. Nós tivemos, agora no último trimestre, o crescimento negativo do PIB. Agosto teve a maior inflação dos últimos 21 anos", disse.

O parlamentar argumentou que o País continua no impasse, apesar do avanço com as vacinas. "Ainda há problemas todos os dias relacionados a isso, quer dizer, a pandemia ainda é um risco que nos ronda, que nos assombra. Nós entramos agora num período de crise hídrica e com ameaça de apagão no país".

Para Majeski, "cabe ao chefe da nação liderar os debates sobre isso. Um líder de fato faz isso, é para isso que foi eleito. No entanto, o tempo inteiro, as energias e as atenções são desviadas para outros lugares, tirando o foco daquilo que realmente nos interessa e que interessa a milhões de brasileiros. Lamentável essa situação", comentou.

Sobre o novo Código Eleitoral, o deputado ressaltou que a proposta, que ainda passará pelo crivo do Senado e que muda completamente a legislação eleitoral e partidária do Brasil, é colocada a pouco mais de um das eleições, com mais de 900 artigos e que foi aprovado a 'toque de caixa'. "Quem debateu isso? Porque isso interessa à sociedade como um todo", questionou o deputado.

O curto prazo em que foi apresentado e votado o projeto levantou suspeitas de Majeski a respeito do conhecimento dos deputados federais sobre o conteúdo de todos os artigos. "Eu duvido que a maioria deles tenha conseguido se debruçar sobre esses 900 artigos a ponto de entender que aquilo era a melhor coisa a se fazer. É óbvio que não", comentou.

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