Segunda, 29 Abril 2024

Deputado promete acionar CGU e PF para apurar 'peixada' no Sine da Serra

pablomuribeca_operacaosine_reproducao Reprodução

Cinco dias depois de promover a "Operação Peixada", uma fiscalização ao modo de batida policial, no Sistema Nacional de Emprego (Sine) da Serra, o deputado estadual Pablo Muribeca (Republicanos) anunciou nesta quarta-feira (22) uma série de medidas para apurar supostas irregularidades no órgão junto à Controladoria-Geral da União (CGU) e à Polícia Federal (PF), "para investigar práticas ilegais, com favorecimento político e eleitoral".

Nos meios políticos, a investida do parlamentar no Sine, divulgada em vídeos nas redes sociais, é considerada um ato de pré-campanha das eleições de 2024, a fim de criar impacto para o lançamento de sua candidatura a prefeito, nesta quinta-feira (23), quando será formalizada sua filiação ao Republicanos.

O deputado aponta o subsecretário municipal de Trabalho, Emprego e Renda, Renato Ribeiro, como envolvido nas supostas irregularidades, "consentidas pelo prefeito Sergio Vidigal [PDT] na oferta de vagas de emprego". O ato contou com o apoio de policiais militares, que conduziram o subsecretário à delegacia de polícia, sendo logo liberado por falta de provas.

A operação, realizada na última sexta-feira (17), provocou tumulto entre os servidores e levou a gestão de Vidigal a decidir processar criminalmente o deputado e os vereadores que o acompanhavam por "abuso de poder político". O deputado promoveu a operação juntamente com os vereadores Anderson Muniz (Podemos), Darcy Júnior (Patri) e Professor Artur (Solidariedade), que também fizeram discursos contra o prefeito.

Reprodução

 Segundo Muribeca, a "investigação", como ele considera a fiscalização, intempestiva e contestada pelo procurador-geral da Serra, Ednaldo Loureiro Ferraz, "revelou a existência de práticas ilegais", acrescentando que Vidigal "se recusa a apurar os fatos ou tomar providências, limitando-se a tentar intimidar os parlamentares".

As supostas fraudes foram confirmadas pela servidora efetiva do órgão, de nome Penha Falcão, conforme constatam filmagens registradas e divulgadas nas redes sociais dos parlamentares. Ela apontou o uso de telefones celulares para fazer "contatos sobre vagas de emprego para um público privilegiado". Esse cenário motivou o deputado a acessar locais do Sine sem permissão dos servidores encarregados, quase chegando a ameaças físicas.

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