Deputados entram na campanha eleitoral e deixam Assembleia esvaziada
Na segunda semana de campanha eleitoral oficial, a agenda de pautas para apresentação, discussão e votação de projetos de lei na Assembleia Legislativa está zerada. Com onze parlamentares na disputa às eleições municipais, quase a metade dos 30 que compõem a atual legislatura, o Plenário do Legislativo permanece praticamente vazio.
Segundo vice-presidente da Casa, as sessões sob a presidência de Torino ganham outra atração: para não perder a oportunidade, ele sempre volta a desempenhar o papel de radialista e apresentador de TV profissional que é, dando o tom de show. Mantém quem as assiste informado sobre tempo e horário e, invariavelmente, encerra as sessões nominando ao microfone até os que trabalham nos bastidores do Legislativo.
"Nunca vi isso em minha vida", comenta um antigo servidor público, e complementa: "O Erick sabe mexer com as pedrinhas", ironiza, em uma clara referência ao presidente da Assembleia, Erick Musso (Republicanos). Ausente às sessões, Erick segue na campanha do Republicanos, em companhia do deputado federal Amaro Neto e do presidente do partido no Espírito Santo, Roberto Carneiro, diretor-geral da Assembleia, licenciado da função até depois das eleições. Organizam a arrancada para a sucessão do governador Renato Casagrande (PSB) em 2022.
Dos parlamentares, quem não disputa uma prefeitura nem por isso está fora da campanha eleitoral. Entre os onze diretamente envolvidos na campanha, muitos retornarão, depois de uma derrota nas urnas, outros assumirão as gestões em janeiro de 2021 e deixarão as vagas abertas para os suplentes.
Concorrem em Vitória os deputados Lorenzo Pazolini (Republicanos), Fabrício Gandini (Cidadania) e Capitão Assumção (Patriotas); na Serra, Alexandre Xanbinho (PL), Vandinho Leite (PSDB) e Bruno Lamas (PSB); em Cariacica, Euclério Sampaio (DC); em Linhares, Marcos Garcia (PV); em Barra de São Francisco, Enivaldo dos Anjos (PSD); em Vila Velha, Hudson Leal (Republicanos); e em Guararapari, Carlos Von (Avante).
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Comentários: 2
E os suplentes que mudaram de partido? Em caso de vacância, irão assumir os mandatos? ou a lei eleitoral, vai valer alguma coiosa.
Quem trocou de partido perde a vaga, que vai para o suplente seguinte.