Sábado, 18 Mai 2024

Desgastes políticos enfraquecem Ferraço para o cenário de 2014

Nos meios políticos, o deputado estadual Theodorico Ferraço (DEM) é considerado uma verdadeira fênix - ave mitológica que tem a capacidade de ressuscitar das cinzas. Mas o golpe sofrido pelo presidente da Assembleia Legislativa, com os indícios de envolvimento no esquema de corrupção deflagrado pela Operação Derrama, abalou fortemente sua imagem. Ele terá dificuldade para se manter em lugar de destaque no jogo político do próximo ano.





Nessa quinta-feira (17), antes de a bomba estourar no colo de Ferraço, o jornal Século Diário alertava sobre o perigo da reeleição de Ferraço para o projeto político do governador Renato Casagrande em 2014. Mas os desdobramento da Operação Derrama mudaram as regras do jogo.



Além disso, a decisão da desembargadora Elizabeth Lordes acatando o pedido do vereador de Colatina, Olmir Castiglioni (PSDB), que reivindicou a vaga de suplência, ocupada por Paulo Roberto (PMDB), surgiu como mais um revés para Ferraço, que fora responsável por bancar a posse do peemedebista, mesmo com toda a fundamentação do tucano de que a vaga lhe pertencia.



Voltando à Derrama, outro desgaste que cai na cota de Ferraço é o fato de o deputado estadual José Carlos Elias (PTB) estar entre os denunciados. Isso prejudica Ferraço porque o petebista foi um dos parlamentares que mais se beneficiaram com o perfil corporativista do presidente da Casa na discussão judicial sobre o trânsito em julgado de uma ação de improbidade que ameaçava o mandato de Elias.



 O mesmo empenho em defender o deputado do PTB, Ferraço não utilizou em favor do deputado Nilton Baiano (PP), em um processo muito parecido de perda do prazo para o recurso.



Ainda que as explicações do presidente da Casa à rádio CBN Vitória, na manhã desta sexta-feira (18), tenham sido firmes e até coerentes - quando ele diz que os nomes das empresas sonegadoras virão à tona para o bem do Espírito Santo -, o peso da denúncia coloca sobre os ombros do presidente uma sombra de suspeita que o descredencia do seleto grupo que irá influir na composição do cenário eleitoral do próximo ano.



Para os meios políticos, a aproximação de Ferraço com o ex-governador Paulo Hartung lhe davam um aval para no caso do ex-governador não se credenciar para o jogo político. Ferraço se credenciava como um representante de Hartung na mesa de negociação dos espaços políticos do próximo ano.



Ao lado do filho, o senador Ricardo Ferraço (PMDB), o presidente da Assembleia, no controle do poder legislativo, poderia defender os espaços do ex-governador, pressionando Casagrande. Mas depois do desgaste político causado pelos episódios desta semana, a reabilitação do presidente da Assembleia se torna difícil. Não há tempo suficiente para ele mudar a configuração do jogo político a seu favor.

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