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Desmentidos, fake news, novos apoios e o corre-corre na reta final do segundo turno

A vice-governadora, Jaqueline Moraes, condenou a arrogância e confirmou o apoio de Casagrande a Coser

A 72 horas da votação em segundo turno para definir quem será o prefeito de Vitória nos próximos quatro anos, as campanhas de João Coser (PT) e do Delegado Pazolini (Republicanos) passam a um enfrentamento mais acirrado. As ações envolvem a busca de novos e robustos apoios, desmentidos, denúncias de fake news e debates provocativos e tensos.

O candidato do PT celebra a esperada confirmação na campanha do partido do PSB, fechado em plenária na noite dessa quinta-feira (26), com a presença da vice-governadora, Jaqueline Moraes, e de secretários do governo. O evento, que convocou a militância do partido a pedir votos nesta reta final, representa o reforço do governador à sua candidatura, como disse Jaqueline: “João, estamos juntos”. Além disso, a propaganda eleitoral exibe desmentidos, direito de resposta e reforça o apoio junto a de lideranças evangélicas.

Já o Delegado Pazolini ganhou apoio de Mazinho (PSD), adversário no primeiro turno, um manifesto do Sindicato e da Associação dos Delegados de Polícia em “defesa de lisura de sua trajetória profissional e política” e continua a manter conversas com lideranças religiosas.

Desde essa quinta-feira (26), a campanha eleitoral passou a ser mais de ataque e defesa, que provocaram inclusive procedimentos judiciais. João Coser conseguiu direito de resposta, exibido no horário gratuito do rádio e TV, desmentindo acusações de que ele teria R$ 200 milhões bloqueados na Justiça.

“João não tem R$ 200 milhões bloqueados e nenhuma condenação na Justiça. É tudo mentira e a campanha do delegado sabia disso”, diz o texto. Outra ação foi deferida pela juíza Gisele Souza de Oliveira, determinando que Júlio César Rogério “se abstenha de disseminar informações inverídicas sobre o candidato João Carlos Coser”.

Já o sindicato e associação dos delegados da Polícia Civil, dos quais o delegado Pazolini é filiado, refutam informações que ligam o candidato a grupos políticos rejeitados na sociedade. “Ademais, é de causar perplexidade (até em setor eclesiástico) vincular o delegado de polícia Lorenzo Pazolini com grupos milicianos ou atos antidemocráticos…”.

Na plenária do PSB, a vice-governadora Jaqueline Moraes apontou que o governador Renato Casagrande “foi ferozmente atacado por esse grupo que quer tomar de assalto a capital do Espírito Santo”. Críticas nesse sentido também foram feitas pelo secretário de Saúde, Nésio Fernandes, citando a “invasão” ao Hospital Dório Silva, que motivou ações judiciais.

A vice-governadora destacou ainda a atuação da Jackeline Rocha (PT), candidata a vice-prefeita na chapa de João Coser, com quem tem discutido políticas de inclusão social. Jaqueline Morares afirmou “que não há lugar para o retrocesso político, a arrogância de grupos já conhecidos”.

Evangélicos

Junto ao público religioso, principalmente os evangélicos, cresce a movimentação a partir do debate no último dia 21, promovido pelo Conselho Estadual das Igrejas Evangélicas na Igreja Evangélica Batista de Vitória (IEBV), apontada como local predominantemente bolsonarista. O evento foi realizado com a participação de apoiadores do Delegado Pazolini, entre eles o vereador reeleito Davi Esmael (PSD).

O Fórum Evangelho e Justiça realizou um encontro na noite dessa quarta-feira (25), do qual somente João Coser participou. Convidado, o Delegado Pazolini justificou a ausência por questões relacionadas à sua agenda. Havia um encontro marcado com pastores da Convenção das Assembleias de Deus (Cadeeso), entidade representativa de mais de 300 instituições evangélicas no Espírito Santo.

O debate na IEBV, criticado por lideranças pelo tom tendencioso das perguntas, provocou reações de apoio a João Coser de pastores e membros de outras instituições, apesar do antipetismo disseminado entre o público evangélico, por meio de fake news. Deivison Brito, pastor da IEBV, atacou o Fórum Evangelho e Justiça em postagens no Twitter.

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