Segunda, 06 Mai 2024

Dilma deixa ministros de plantão para emergências no ES e MG

Dilma deixa ministros de plantão para emergências no ES e MG
Antes de partir para o recesso de fim de ano com a família na Bahia, a presidente Dilma Rousseff deu ordem expressa para que os ministros ligados às áreas que necessitem dar respostas às vítimas da chuva não tenham folga no feriadão de Ano Novo. Segundo a coluna Painel da Folha de S. Paulo, desse domingo (29), a presidente se reuniu com a ministra Gleisi Hoffmann para deixar as recomendações para a equipe. 
 
Ainda segundo a coluna, vão ficar sem o recesso de Ano Novo os ministros da Saúde, Alexandre Padilha; das Relações Institucionais, Ideli Salvatti; da Integração Nacional, Francisco Teixeira; da Ciência e Tecnologia, Marco Antônio Raupp e do Planejamento, Míriam Belchior. 
 
Dilma também deixou sem recesso os ministros ligados a áreas essenciais, como Moreira Franco, da secretaria de Aviação Civil e José Eduardo Cardozo, da Justiça.
 
O plantão dos ministros é uma resposta à chuva de críticas que a presidente vem recebendo. Os críticos acusam Dilma de ter dado pouca atenção ao Espírito Santo neste momento crítico. Dilma veio ao Estado, no último dia 24, véspera de Natal, e sobrevoou as áreas atingidas pelas chuvas. A presidente passou poucas horas no em terras capixabas e foi criticada por parte da imprensa e dos meios políticos. 
 
Isso porque, desde eleita em 2010, Dilma ainda não havia feito nenhuma visita ao Estado. Ela era esperada ainda este ano, mas diante das inconsistências do cenário eleitoral de 2014, teria adiado a vinda para 2014.
 
Dilma não veio ao Estado, mas ao longo de seu primeiro mandato quase todos os ministros da presidente estiveram por aqui. Na visita relâmpago para tratar dos estragos das chuvas, a presidente também disparou contra os gestores capixabas, alegando que há linhas de crédito disponíveis para o Espírito Santo, mas há pouca consistência nos projetos apresentados e por isso não há como liberar recursos. 
 
Desde que o PT chegou à presidência, em 2002, com Lula, o Espírito Santo recebeu uma boa fatia de recursos federais. Foi, inclusive, a antecipação dos royalties do petróleo que permitiu que o ex-governador Paulo Hartung equilibrasse as contas do Estado no início do seu mandato, em 2003. Já obras como a do Aeroporto de Vitória, que são apontadas por parte da imprensa capixabas, como “má vontade” do governo federal, foram interrompidas por desvios de verbas e sobrepreço nas obras. 
 
Politicamente, porém, esse discurso é eficaz e o PT não consegue aumentar o desempenho eleitoral dos seus candidatos a presidente no Estado. Na última pesquisa Ibope, divulgada este mês, Dilma tem no Espírito Santo o terceiro pior desempenho eleitoral do País. 
 
Neste sentido, a presidente deve levar em conta o eleitorado capixaba, que em pleitos passados não teve influência, mas que pode ser importante caso a disputa eleitoral fique acirrada no próximo ano. 

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