Sábado, 27 Abril 2024

Direita se divide em Vila Velha e reforça grupo político conservador

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Com o isolamento político do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que na próxima semana deve ficar inelegível, grupos de seus apoiadores, divididos, tentam garantir espaço para as eleições de 2024 e 2026, provocando divisões no campo da direita. No Espírito Santo, o mais novo racha ocorre em Vila Velha e tem como alvo principal a reeleição do prefeito Arnaldinho Borgo (Podemos), sobre quem pesa a ameaça de abandono de nada menos que oito dos 17 vereadores.

O grupo é formado por Devacir Rabello (PL), Fabio do Vale (Patriota), Renzo Mendes (PP), Romulo Lacerda (PTB), Devanir Ferreira (Republicanos), D'Oleans Sagals (PV), Jonimar (PSC) e Flavio Pires (Agir). Seus integrantes já conversam com outras lideranças da direita, entre elas o presidente da Assembleia Legislativa, Marcelo Santos (Podemos).

Juntamente com o deputado federal Da Vitória, coordenador da bancada capixaba no Congresso Nacional e presidente do PP no Estado, Marcelo Santos articula a formação de uma nova força política, com nomes de pré-candidatos circulando no mercado. Um deles é o do coronel Alexandre Ramalho, secretário de Segurança Pública do governo do Estado, que estaria em vias de trocar o Podemos por outro partido, no caso o MDB. Com esse objetivo, Da Vitória e Marcelo Santos também fazem interlocução com o deputado federal Baleia Rossi, presidente do MDB. Bem avaliado, Ramalho seria o nome para suceder Arnaldinho Borgo na prefeitura.

A legenda está acéfala no Espírito Santo, situação agravada com a ida para Brasília da atual coordenadora da Executiva estadual, a ex-senadora Rose de Freitas. Ela está trabalhando na presidência do Senado como assessora parlamentar, sem poder se ausentar, impedindo sua permanência. No entanto, no último dia 21, Rose foi mantida no comando da Executiva.

O racha em Vila Velha começou com a insatisfação dos vereadores decorrentes do mau atendimento de suas demandas, segundo afirmam, dispensado por alguns secretários, em especial Maria do Carmo, da Secretaria de Governo, e Menara Cavalcante, da Obras. No entanto, no mercado político, o movimento vai além de insatisfações individuais e obedece a estratégias eleitorais para as próximas eleições, de 2024 e 2026.

O prefeito se movimenta para manter as forças que o elegeram, com destaque para a ala militar ligada ao bolsonarismo, movimento que se enfraquece com a derrocada política do ex-presidente, mas que ainda se mantém com influência eleitoral. Esse campo é o mesmo onde atua o coronel Ramalho, que será disputado, caso se confirme seu nome na disputa em 2024.


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