A senadora Rose de Freitas, que encerrará o mandato, poderá concorrer à Câmara Federal
Se a eleição para o Senado fosse agora, Rose de Freitas (MDB) teria chance reduzida de entrar na disputa, segundo bastidores do mercado político. Sem ela, são apontados os nomes do o ex-prefeito de Colatina, Sergio Meneguelli (Republicanos), deputado federal Josias Da Vitória (Cidadania), o ex-senador Magno Malta (PR) e, também, o ex-governador Paulo Hartung (sem partido). Todos os quatro são potenciais concorrentes e apresentam barreiras que terão que superar até meados do próximo ano para terem as candidaturas confirmadas.
Caso não concorra, a tendência de Rose é tentar uma vaga na Câmara Federal, com o respaldo do MDB, para o qual retornou em janeiro deste ano, depois de um conflito com a direção do Podemos sobre a eleição para a Presidência do Senado. A senadora voltou e assumiu a presidência da comissão provisória do partido no Estado, com a incumbência de superar problemas internos gerados desde o desligamento do então governador Paulo Hartung, em 2018, e agravados com a disputa pelo controle da Executiva estadual entre os grupos dos ex-deputados federais Lelo Coimbra e Marcelino Fraga, que foi expulso.
Rose de Freitas foi eleita para o Senado em 2014 com 776,9 mil votos ou 46,23%, concorrendo pelo PMDB, hoje MDB, passando o ex-prefeito de Vila Velha Neucimar Fraga (então PV), 31,16%, e o ex-prefeito de Vitória, João Coser (PT), com 20,43% dos votos. Ela tenta recuperar a influência junto aos prefeitos do interior construída desde a época em que exercia o mandato de deputada federal, de acordo com estimativa de lideranças políticas.
Questões pessoais e a revelação de abusos cometidos na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pedofilia, rebatizada de CPI dos Maus-Tratos, da qual era o presidente, publicada com exclusividade por Século Diário em 2018, contribuíram para sua derrota eleitoral.
Com a finalidade de ganhar os holofotes da mídia na disputa ao Senado, em 2010, Magno Malta foi acusado de usar uma menina de dois anos e seus pais. O pai respondeu por estupro à criança e a mãe por ter sido conivente com o fato, fatos desmentidos na Justiça.
Além disso, o cantor gospel ainda passou pelo distanciamento do presidente eleito, Jair Bolsonaro, que o afastou do núcleo mais próximo do poder. Caso a candidatura ao Senado não se confirme, ele deverá tentar uma vaga na Câmara Federal, concorrendo com a deputada federal Lauriete (PSC), com quem foi casado, também cantora gospel.
O deputado Da Vitória (Cidadania), um dos responsáveis pela troca de controle do PSL no Espírito Santo, alçando à presidência do partido o deputado estadual Alexandre Quintino, aliado do governador Renato Casagrande (PSB), é outro nome cotado, juntamente como ex-prefeito Sergio Meneguelli. De todos os sinalizados como potenciais postulantes ao Senado, são os que apresentam menores empecilhos.