Divisão na Executiva equilibra embate de forças no PT-ES
Passada a eleição para a presidência do PT estadual, a distribuição de assentos na Executiva do partido já foi definida. Como a composição é proporcional, a divisão acabou equilibrando as forças, ainda com vantagem para o grupo do novo presidente do partido, o ex-prefeito de Vitória João Coser, mas vai garantir os debates sobre as decisões do partido.
O grupo de Coser conseguiu seis assentos na Executiva, mas como o ex-prefeito foi apoiado por outras correntes, esse número ficará diluído, com dois nomes da sua corrente, a Alternativa Socialista (AS), dois da Democracia Socialista (DS) e dois dos Independentes.
A corrente do presidente da CUT-ES, José Carlos Nunes, a Construindo um novo Brasil (CNB), também apoiou Coser e terá dois nomes na Executiva. Apesar do apoio, Nunes tem projetos pessoais para o próximo ano, o que torna seu grupo oscilante.
De outro lado, os militantes do partido que questionam o caminho tomado pelo PT capixaba nas movimentações conseguiram, somados, cinco lugares garantidos. Isso vai assegurar que haja debates internos sobre o posicionamento do partido, sobretudo, no que diz respeito à eleição do próximo ano.
A corrente da senadora Ana Rita teve 15% dos votos, garantindo para Articulação de Esquerda (AE) duas cadeiras, mas como o líder da Assembleia tem direito a lugar na mesa, o grupo ganha mais um, já que a bancada é comandada pelo deputado Claudio Vereza, que faz parte da AE. O grupo do subsecretário de Direitos Humanos do Estado, Perly Cipriano, que representa o grupo lulista no Espírito Santo, conseguiu 12% dos votos no Processo de Eleição Direta (PED), do último domingo (10), e também terá dois representantes na Executiva.
Embora as articulações eleitorais tendam a ser decididas entre os presidentes dos partidos e como Coser já esteja inserido nesse processo de discussão, a presença das lideranças que disputaram com ele o PED na Executiva tornará mais difícil a imposição vertical das decisões sobre o posicionamento do partido no cenário de 2014.
Veja mais notícias sobre Política.
Comentários: