Domingo, 28 Abril 2024

E o passado?

Primeiro foi o ex-governador Paulo Hartung que buscou interlocução com o ministro da Saúde Alexandre Padilha. Agora, foi a vez de o governador Renato Casagrande tentar uma aproximação com a presidente Dilma Rousseff por intermédio do ministro da Educação Aloizio Mercadante. O assunto é o mesmo: tentar convencer a presidente de que os dois querem se comprometer com o palanque do PT em 2014.



Mas, o PT nacional parece ter assistido àquele filme “Eu sei o que você fez no verão passado” e vai ser muito difícil Dilma e a cúpula petista acreditarem que eles terão compromisso com o partido em uma disputa presidencial tão complicada como a que se desenha para o próximo ano.



Essa tentativa de aproximação com o governo federal visa a esvaziar o palanque do senador Magno Malta (PR). O que se diz no cenário nacional, quando o assunto é disputa no Espírito Santo é de que Dilma tem compromisso apenas com o senador do PR, já que ele correu o País no segundo turno para acalmar os ânimos do eleitorado evangélico, resistente aos pontos polêmicos da campanha de Dilma em 2010.



Já Casagrande que recebeu o apoio do PT no Estado em 2010, disse ser cabo eleitoral de Dilma no primeiro turno, mas na nova fase, resolveu deixar o Estado. Uma vez, governador eleito, não quis se comprometer com a disputa presidencial.



Paulo Hartung fez isso em 2002 e 2006 com Lula. Em 2010, depois de pressionado pelo PT nacional, tirou foto com Dilma em frente ao Palácio Anchieta, mas a contragosto. Não pediu voto para a petista e também se ausentou da disputa no segundo turno. Com quê argumentos, então, os dois querem convencer a presidente de que este ano será diferente?



Esse argumento de que é preciso respeitar as movimentações locais, beira ao absurdo. O projeto nacional é claramente mais importante para o PT e para qualquer partido que tenha candidato a presidente, do que as movimentações nos Estados. Casagrande tem dito ao mercado que pretende se manter neutro na disputa. Isso só piora a possibilidade de aproximação com o PT, que precisa de palanques dedicados para garantir a reeleição de Dilma e isso, querendo ou não o Palácio Anchieta, só Magno Malta está oferecendo.



Fragmentos:



1 – Ainda sem solução para o lobby das empresas exploradoras do petróleo no Estado, o projeto da Mesa Diretora de taxar o serviço continua parado na Ordem do Dia da Assembleia Legislativa.



2 – Para atender todos os aliados, dando espaço para todos os presidenciáveis, o governador poderia adotar um palanque giratório, para evitar conflito em lideranças.



3 – Aí o governo diz que a indicação de Norma Ayub (DEM) não teve conotação política. Foi o atendimento a um pedido do presidente da Assembleia, Theodorico Ferraço (DEM). Mas isso não seria uma conotação política?

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