Segunda, 29 Abril 2024

Eduardo Campos reage a fogo amigo que tenta barrar sua candidatura a presidente

Eduardo Campos reage a fogo amigo que tenta barrar sua candidatura a presidente

O governador de Pernambuco, Eduardo Campos, presidenciável do PSB utilizou o mesmo expediente que o governador Renato Casagrande para mandar seu recado aos meios políticos. Em entrevista ao Valor Econômico, ele disse que aliados estão sendo constrangidos dentro de seus gabinetes em Brasília.



O socialista, que é presidente nacional da sigla, dá a entender que as declarações de seus aliados, sobretudo as do governador Renato Casagrande, foram feitas por conta de um intenso processo de constrangimento que parte do governo federal.



“Seus correligionários são chamados a ‘ministérios-fim’, aqueles com responsabilidade de executar programas de suas áreas, para serem questionados sobre as demandas de seus Estados e municípios. E, após promessas de benefícios, terminam nos ministérios políticos ou nas salas dos ministros políticos”, diz a reportagem do Valor.



Por meio do Valor, Eduardo Campos tenta passar a ideia de chantagem com seus aliados para que ele desista da disputa e apoie o palanque de reeleição de Dilma Rousseff. O discurso de Campos mostra a fragilidade de sua articulação, que encontra dificuldades entre seus aliados, mas as declarações dos governadores não teriam sido feitas, para os meios políticos, com facas nos pescoços.



Os seis governadores do partido foram eleitos em 2010 com uma parceria com o PT e o PMDB, como aconteceu no Espírito Santo. Na época, a candidatura de Ciro Gomes à presidência foi negociada em troca desse apoio, o que levou a PMDB e PT no Estado a trocarem o candidato palaciano à sucessão de Paulo Hartung. O peemedebista Ricardo Ferraço, hoje senador, que já havia alinhavado todo seu palanque, foi rifado da disputa, dando lugar a Renato Casagrande.



Agora Casagrande, assim como os outros governadores do partido, exceto Campos, querem repetir as alianças de 2010 em 2014. Mas a candidatura do presidente do partido à Presidência da República compromete os acordos firmados nos estados. Para desacelerar o processo de construção do palanque alternativo de Campos, Renato Casagrande declarou que o governador de Pernambuco “ainda” não está pronto para disputar a eleição presidencial.



O processo de desidratação da candidatura socialista teve início com o governador do Ceará, Cid Gomes e o irmão, o ex-ministro Integração Nacional, Ciro Gomes. Mas a partir da declaração de Casagrande sobre o assunto, o peso de secretário-geral do PSB Nacional afetou mais profundamente a construção do palanque de Campos. A partir da entrevista do governador capixaba também ao Valor, há duas semanas, Campos passou a reagir e negou desaceleração nas articulações de sua candidatura.

 

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