Sábado, 27 Abril 2024

Eleitos com apoio da Maranata se calam diante de denúncias

Eleitos com apoio da Maranata se calam diante de denúncias

Ao realizar um evento público que reuniu 150 mil pessoas na Praça do Papa, em Vitória, há uma semana, a Igreja Maranata tentou dar uma resposta por meio da mobilização dos fieis contra as denúncias de desvio de recursos oriundo do pagamento de dízimos, além disso, deu uma demonstração de seu poder político.



E relação às denúncias, a demonstração de força foi frustrada dois dias depois com a prisão de pastores, líderes da igreja. Mas do ponto de vista político, a situação da Maranata vem causando algumas leituras pelos observadores do processo eleitoral.



A possibilidade de a igreja ter de devolver um total de R$ 762 mil por recursos públicos destinados à Fundação Manoel dos Passos Barros, que pertence à Igreja Maranata, por meio de emendas parlamentares, revela a ligação da instituição religiosa com a classe política. Algumas figuras muito ligadas à Maranata, porém, não têm se posicionado em defesa dos pastores detidos, o que pode complicar suas candidaturas no próximo ano.



O principal agente político identificado com a Maranata é o deputado estadual Elcio Alvares (DEM), que deve seus dois últimos mandatos na Assembleia aos fiéis da Maranata. Elcio, porém, não se pronunciou sobre a denúncia de desvio das emendas parlamentares. Também não se posicionou em defesa da igreja em meio à crise.



Outro parlamentar que tem como base eleitoral a Igreja Maranata, é o deputado federal Carlos Manato (PDT), que também não se pronunciou sobre o assunto. Ele não destinou emendas e verbas para a igreja, mas esperava-se nos meios políticos uma defesa inflamada da instituição. Até porque, assim como Élcio, Manato também deve seus últimos dois mandatos de deputado federal à igreja.



O ex-deputado Geovani Silva é outro nome ligado à Maranata. Chegou à Assembleia Legislativa em 2003 pelo apoio da base eleitoral da igreja, mesmo sem conseguir se reeleger em 2006, continuou a ter o apoio do grupo. Geovani se disse surpreso com a denúncia, mas também não saiu em defesa da igreja.



A deputada Aparecida Denadai (PDT), uma das deputadas que destinaram emendas à Maranata, se disse surpresa com a denúncia. Ela e Geovani disseram que a fiscalização tem de ser feita pela Secretaria de Saúde do Estado. Aparecida não depende eleitoralmente apenas da igreja, Maranata, como no caso de Geovani.



O ex-deputado federal Jurandy Loureiro (PSC), que é ligado à Assembleia de Deus, mas também tem votos na Maranata. Também não quis se pronunciar sobre a crise na igreja.

 

Eleitos com o apoio da Igreja, os deputados e ex-deputados que não partiram para a defesa da Maranata vão ter de enfrentar a ira dos fieis, que pela movimentação do evento de 45 anos de aniversário estão unidos em torno da igreja, mesmo diante das graves denúncias. Como os candidatos vão se apresentar para essa nova etapa de convencimento é que não se sabe.



 

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