Entrada de Manato fortalece PP, mas partido tem problemas internos
A migração do deputado federal Carlos Manato do PDT para o PP envolve discussões externas e internas no partido. Externamente há a questão da fidelidade partidária, que o parlamentar tenta resolver na Justiça Eleitoral. Internamente, o partido vem passando por um momento de instabilidade, que pode inviabilizar as chances de Manato assumir a presidência da sigla no Estado.
A eleição para a escolha do presidente regional do partido será em outubro próximo, e o PP passa por um momento de ajustamento, tratando das candidaturas progressistas para o próximo ano e organizando internamente o partido. O presidente para o mandato tampão é o ex-deputado federal Marcus Vicente, que tenta organizar o partido sem entrar em atrito com o grupo ligado ao ex-deputado estadual Nilton Baiano, que está afastado do comando do partido no Estado, mas que permanece como vogal da sigla no contexto nacional.
Manato pode entrar no PP como secretário-geral do partido ou vice-presidente. Mas a ideia de entregar o comando ao deputado federal não entrou em discussão no PP capixaba. O episódio envolvendo o deputado Nilton Baiano, que o tirou da Assembleia Legislativa e do comando do partido, provocou internamente uma discussão mais profunda.
Marcus Vicente afirma que a intenção é acomodar Manato com o destaque que o deputado merece, pois é uma liderança com capacidade de votos e que fortalece o partido para a disputa do próximo ano, mas sem trazer problemas com os aliados de Nilton Baiano. Por isso, as conversas internas são no sentido de não atingir os integrantes do partido ligados a Baiano, sem que isso atrapalhe os planos sobre a organização das chapas proporcionais para 2014.
Na Justiça o problema de Manato é migrar de partido com a garantia de que não terá o mandato questionado por infidelidade partidária. Em conversa com o presidente do PDT, Sérgio Vidigal, o pedetista deu a entender que não tem intenção de pedir a cadeira de Manato.
O primeiro suplente é o próprio Marcus Vicente, que também não deve entrar em conflito com um aliado que está migrando para o partido. Resta o Ministério Público Eleitoral (MPE) arbitrar o caso.
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