Segunda, 06 Mai 2024

Entre a vice-governadoria e a disputa proporcional, PDT é noiva sob pressão

Entre a vice-governadoria e a disputa proporcional, PDT é noiva sob pressão
O PDT é a principal noiva da eleição e já foi cortejado pelos palanques do governador Renato Casagrande (PSB), do ex-governador Paulo Hartung (PMDB), também já conversou com o senador Magno Malta (PR) e vai fechar o ciclo de diálogo com o PSDB, mantendo o mistério sobre a identidade do nome do noivo. Mas ser assediado por todos os palanques também impõe uma pressão desconfortável ao partido, que precisa de uma boa acomodação.
 
O grande problema do PDT é o conflito de interesses de sua principal liderança, o ex-prefeito da Serra, Sérgio Vidigal. Ele negocia a vice com os palanques colocados, mas sabe que precisa atender à meta do PDT nacional de fazer o maior número de deputados federais possível. 
 
O partido, que elegeu no Estado três federais em 2010 – Sueli Vidigal, Jorge Silva e Carlos Manato –, este ano aposta suas fichas na candidatura de Vidigal, já que Sueli não vai disputar e Manato e Jorge Silva deixaram o PDT. Com uma eleição considerada garantida na proporcional, Vidigal negocia a vice nos palanques colocados, mas as alternativas no palanque também trazem conflito.
 
No lugar de Vidigal, poderia cumprir o papel de vice o deputado Josias da Vitória, que tem a candidatura à reeleição tranquila para a Assembleia Legislativa. Sua disputa pode ajudar na chapa estadual do partido. Já Luiz Durão, outro nome cogitado, não tem um caminho tão tranqüilo assim, o desgaste trazido pelo desempenho muito aquém do esperado do prefeito de Linhares, no norte do Estado, Nozinho Correia (PDT), que recebeu apoio de Durão em 2012, reflete negativamente em sua campanha. 
 
Para os meios políticos, o que dificulta a acomodação do PDT é o foco de Vidigal na disputa municipal de 2016, quando ele estará disputando a prefeitura contra adversário local, o atual prefeito Audifax Barcelos, aliados de Casagrande. Isso dificultaria a aliança de Vidigal com o governador. 
 
No PMDB, a aproximação do ex-governador Paulo Hartung com o palanque tucano é um assunto delicado, já que nacionalmente o PDT apoia a reeleição de Dilma Rousseff. O partido da presidente não se preparou para uma disputa solo e, por isso, o possível palanque petista não é atrativo ao PDT. Já o PR do aliado de Vidigal, senador Magno Malta, não se define no Estado e está enfraquecido. 
 
Neste sentido, a escolha do PDT para compor a majoritária é fundamental para definir também o desempenho do partido na proporcional, que é o segundo maior partido do Estado em número de filiados.

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