Estabilidade de Dilma nas pesquisas pode facilitar movimentações política no ES
No balanço das variações das pesquisas divulgadas nesse fim de semana - Ibope, Datafolha e Vox Populi - há uma estabilidade na aprovação da presidente Dilma Rousseff e a confirmação de uma vantagem da petista na corrida presidencial. Essa avaliação, para os meios políticos, dá mais tranquilidade ao PT capixaba para articular suas movimentações para a eleição em nível estadual, sem a pressão da nacional.
Lideranças do partido se reuniram na última sexta-feira (21) com o governador Renato Casagrande para debater a aliança com o palanque socialista e saíram do encontro com o reforço na aproximação entre os dois partidos. Embora não tenha fechado a porta para as demais siglas, o PT capixaba definiu, em resolução no encontro do diretório do último dia 15, a aliança prioritária com o PSB.
Mesmo não tendo descartado a possibilidade de caminhar com o PMDB em uma candidatura própria, puxada pelos peemedebistas, a indefinição do ex-governador Paulo Hartung e do senador Ricardo Ferraço diminui o poder de influencia do grupo e aumenta a aproximação entre PT e PSB. Com a vantagem de Dilma, a tendência é de que a Nacional do PT alivie a pressão sobre as lideranças do Estado.
Isso porque a cúpula petista, sobretudo o ex-presidente Lula, mira o isolamento do palanque socialista nos estados para enfraquecer a candidatura de Eduardo Campos à Presidência da República. Como o Espírito Santo é o único estado fora do Nordeste governado pelo PSB, havia desconfiança na promessa de Casagrande sobre a neutralidade na disputa presidencial.
A demora do PMDB em se definir sobre a disputa, porém, favoreceu o fortalecimento das conversas entre PT e PSB. Hoje, a separação dos partidos para a eleição deste ano é considerada muito difícil. Para manter o espaço de Dilma no palanque de Casagrande, o partido deve conseguir a vaga de candidato ao Senado com o apoio do governador. Outra proposta que estaria sendo avaliada também é a possibilidade de o PT assumir a vice, visando uma aproximação com o retorno ao poder em 2018.
A ideia é de que Casagrande se desincompatibilize do cargo para disputar o Senado na próxima eleição, deixando assim o vice assumir por cerca de seis meses o governo, concorrendo na eleição ao cargo. Seria um mandato de quatro anos, já uma vez assumido o governo o vice concorre à reeleição, mas uma forma mais simples de o PT voltar a disputar o Palácio Anchieta.
A estabilidade na aprovação de Dilma também facilita a movimentação do partido em sua principal meta para este ano no Estado, que é conseguir aumentar a votação da presidente, que tem desempenho abaixo dos demais estados no Espírito Santo.
Mas um detalhe das pesquisas deve ter chamado a atenção dos petistas, a estratégia montada na oposição parece estar surtindo efeito, com transferência de votos, em um eventual segundo turno entre os presidenciáveis Eduardo Campos e Aécio Neves (PSDB-MG). O PT como um todo deve se debruçar nesta aresta e também o PT capixaba, para evitar outro retrospecto abaixo do esperado no Estado, pelo PT nacional.
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