Quarta, 15 Mai 2024

Estados não produtores pisam no freio na divisão dos royalties

Estados não produtores pisam no freio na divisão dos royalties

Enquanto os estados do Rio de Janeiro, Espírito Santo e São Paulo se preparam para uma batalha judicial pela inconstitucionalidade da lei da nova partilha de royalties, os estados não produtores parecem estar dispostos a pisar no freio.



Liderados pelo governador de Pernambuco e presidenciável, Eduardo Campos (PSB), 16 governadores analisam seguir a linha do veto da presidente Dilma Rousseff ao projeto, mantendo os contratos dos campos já licitados.



Segundo reportagem do jornal O Globo desta quarta-feira (13), o motivo seria a preocupação dos governadores em sofrer uma derrota no Supremo Tribunal Federal (STF). Nesta quarta-feira, o presidente do Congresso Nacional, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), deve enviar à Presidência da República a mensagem comunicando a derrubada dos vetos à lei que modifica as regras de distribuição dos royalties. A partir daí, a presidente Dilma terá 48 horas para promulgar a nova lei.



Em entrevista ao Globo, o governador Renato Casagrande afirmou que a proposta de não mexer nos contratos já licitados sempre foi a luta dos estados produtores e alerta para que essa discussão não seja mais uma proposta lançada ao vento. “Esperamos um lampejo de racionalidade nesse assunto”, destacou o governador.



A proposta foi conversada em uma reunião prévia à que está acontecendo nesta quarta em Brasília sobre o pacto federativo. O grupo quer se reunir na próxima semana com a presidente Dilma para apresentar uma proposta alternativa.



A ideia é de que o governo federal teria de antecipar receitas futuras dos royalties para os estados não produtores no valor de R$ 4,5 bilhões. Os estados produtores ficam com os royalties dos campos já licitados e os royalties do pré-sal seriam rateados entre os estados não produtores.



Se conseguirem um acordo, os governadores podem evitar uma batalha judicial que pode se arrastar por anos, como sinaliza o próprio ministro do Supremo Gilmar Mendes, alertando que quem deve decidir sobre o pacto federativo são os políticos e não o STF.

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