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Ex-deputada Norma Ayub troca de cargo na Prefeitura de Cachoeiro

Cotada para eleições, primeira-dama deixa secretaria de Desenvolvimento Social

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Norma Ayub (PP), primeira-dama de Cachoeiro de Itapemirim, no sul do Estado, acaba de deixar o cargo de secretária municipal de Desenvolvimento Social. Em seu lugar, assumiu, interinamente, o servidor de carreira, Eder Botelho da Fonseca, que até então atuava como subsecretário Administrativo e Financeiro da pasta, conforme publicação do Diário Oficial do Município desta segunda-feira (2).

Entretanto, a primeira-dama não vai sair da administração. Agora, ela passa a ocupar o cargo de assessora especial de Governo, na Secretaria Municipal de Governo e Planejamento Estratégico (Semgov). “A mudança ocorre em razão da nomeação de Norma Ayub para assumir uma nova função de gestão no governo municipal”, afirmou a prefeitura, sem entrar em detalhes.

“Deixo a Semdes com a certeza de que ela continuará firme em sua missão. O Eder conhece profundamente os desafios da secretaria e tem todas as condições para dar continuidade, com responsabilidade e sensibilidade, ao trabalho que desenvolvemos com tanto cuidado”, afirmou Norma.

A esposa do prefeito foi um dos primeiros nomes a ser indicado para ocupar espaço na gestão de Theodorico Ferraço (PP), em seu retorno ao Executivo cachoeirense após 20 anos. Ela ocupou a mesma secretaria de Desenvolvimento Social na última gestão anterior de Ferraço na prefeitura (2001-2004). Uma das realizações da época foi a criação da Casa da Sopa, mais conhecida como “Sopão”, que atendia famílias em situação de vulnerabilidade social.

Eu seu breve retorno à pasta, vinha delegando boa parte das funções a subordinados na secretaria. Não esteve presente, por exemplo, em uma audiência pública sobre pessoas em situação de rua na Câmara Municipal. Na ocasião, a secretária de Saúde, Renata Fiório (PP), defendeu a possibilidade de fechamento do Centro POP do município, um espaço de referência para esse público.

Também na audiência Teófilo Roberto de Souza, representando organizações da sociedade civil que atuam em defesa dos direitos das pessoas em situação de rua, criticou o “retrocesso” na situação do Centro POP de Cachoeiro, equipamento que ele mesmo ajudou a montar na gestão passada.

Com a saída, Norma deixa de chefiar uma secretaria que tem demanda volumosa – ao contrário do seu cargo atual, que não demanda atuação técnica especializada tão específica e está muito menos sujeito a cobranças púbicas. Ao mesmo tempo, se mantém em evidência em um ano pré-eleitoral – ela é cotada para se candidatar como deputada no ano que vem, para ocupar o espaço deixado por Theodorico na Assembleia Legislativa, mas pode tentar, também, um retorno à Câmara Federal.

De 2005 a 2012, Norma cumpriu dois mandatos como prefeita de Itapemirim, no sul do Estado. Em 2013, chegou a ser presa na “Operação Derrama”, que levou para a cadeia 31 pessoas de oito municípios, incluindo dez ex-prefeitos, acusados de contratar irregularmente a empresa CMS Assessoria e Consultoria Ltda para a cobrança de impostos. A maior parte dos casos foi arquivada, porque o Ministério Público do Estado (MPES) alegou que as provas eram ilegais.

A ex-prefeita teve dois mandatos como deputada federal, de 2015 a 2022. Na eleição de 2022, obteve 37,9 mil votos e ficou como suplente. Também tentou se eleger como prefeita de Itapemirim mais uma vez, em 2016, e de Marataízes, município vizinho, em 2020, mas não obteve sucesso.

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