Executiva Nacional do PPS se reúne nesta quinta-feira em Vitória

A conjuntura nacional será o principal item da pauta da reunião da Executiva do PPS, que se reúne nesta quinta-feira (5) em Vitória, o presidente nacional da legenda, deputado federal Roberto Freire, os prefeitos de Vitória e Cariacica, Luciano Rezende e Juninho, e demais lideranças do PPS no Estado. Embora um pouco genérico, o tema pode sugerir uma definição sobre o papel do partido na disputa presidencial do próximo ano.

 

O partido vem tentando atrair para seus quadros o ex-governador de São Paulo José Serra, que estaria de saída do PSDB. Diante da dificuldade do grupo em levar a questão presidencial para prévias no PSDB nacional, há uma expectativa grande de que Serra procure novos caminhos.   

 

Neste contexto, as expectativas se voltam para o encontro desta quinta, em que a definição sobre a ida de Serra para o partido pode surgir em Vitória. Até porque o prazo para as trocas de partido terminam em 5 de outubro. 

 

Nacionalmente, a possível candidatura de José Serra pelo PPS à Presidência da República é vista com cautela pelos observadores. Como Serra vem da mesma origem política que presidenciável tucano Aécio Neves (MG), a ideia de divisão da oposição coloca os dois partidos em uma situação complicada na disputa com a presidente Dilma. 

 

No Espírito Santo, a situação pode complicar os planos do PPS local. Isso porque o presidente regional do partido e prefeito da Capital, Luciano Rezende, já anunciou apoio à reeleição do governador Renato Casagrande. 

 

Casagrande prega um palanque de neutralidade na disputa presidencial, embora o PSB esteja na iminência de consolidar a candidatura do governador de Pernambuco Eduardo Campos na disputa presidencial. Mas se Serra vier a disputar a presidência, Luciano terá que, teoricamente, trabalhar por um palanque para o presidenciável do partido no Estado, o que pode afasta-lo do grupo do governador. Caso decida se manter alinhado com o socialista, terá que aderir à estratégia do governador Renato Casagrande, que defende o palanque da neutralidade.