Falta de opção caseira favorece palanque Dilma-Magno Malta
O PT capixaba tem como grande desafio para 2014 erguer um palanque para a presidente Dilma Rousseff. O partido tentava até o início de junho alinhar essa prioridade com as intenções de suas lideranças no Estado de permanecer no palanque do governador Renato Casagrande (PSB). Mas com a mudança da conjuntura nacional, o partido pode ser obrigado a mudar de estratégia.
Isso porque, até então, o PT do Estado contava com o atrativo do palanque presidencial e da popularidade em alta de Dilma. Porém, com a queda de 30 pontos após o início das manifestações populares, Dilma deixou de ser um trunfo para os petistas capixabas.
A situação agora é diferente, Dilma precisa de uma sustentação para seu palanque e neste sentido um palanque “neutro” como oferece Casagrande pode não ser interessante para o PT nacional. Ao lado de Paulo Hartung (PMDB), o partido ficaria inviabilizado, já que o grupo do ex-governador pode erguer um palanque para o presidenciável tucano, o senador Aécio Neves (PSDB-MG).
Um palanque próprio também é inviável para o PT, já que não teria lideranças com densidade eleitoral para puxar uma candidatura ao governo. Neste sentido, quem se fortalece é o senador Magno Malta (PR). Ele teve um papel fundamental na primeira eleição de Dilma, apaziguando os ânimos do público evangélico no segundo turno da campanha de 2010.
No PT nacional, o senador é visto como um parceiro em condições de erguer um palanque exclusivo e dedicado à presidente, o problema é a incompatibilidade do PT local com o senador. Mas o capital eleitoral de Magno pode dispensar o apoio dos petistas.
Em 2010, mesmo sem o apoio do grupo em que estava, o repuplicano conseguiu se eleger bem para o segundo mandato no Senado. Magno fazia parceria com Ricardo Ferraço (PMDB), mas uma manobra na chapa vendia uma parceria informal entre Ferraço e Rita Camata (PSDB), que era de outra coligação, com a intenção de diminuir o capital eleitoral do senador.
A demonstração de superação do bloqueio teria chamado a atenção do PT nacional para a disputa do próximo ano, já que tanto Casagrande quanto Hartung já demonstraram falta de compromisso com o palanque presidencial.
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