Falta de transparência engrossa críticas ao setor de transporte coletivo em Colatina
O debate sobre o transporte coletivo em Colatina (noroeste do Estado) levantou a falta de transparência sobre a definição dos valores das tarifas de ônibus no município. Mesmo com a criação do Conselho Municipal de Transporte, as decisões que envolvem o monopólio das empresas do setor não envolvem a sociedade. No site da prefeitura, não há informações a respeito da atuação, tampouco das decisões do colegiado que deveria discutir, entro outros temas, as tarifas dos ônibus na cidade.
Atualmente, o setor de transportes é dirigido pelo secretário municipal, Renan Bragatto Gon. No organograma da pasta, todas as atividades, desde a fiscalização e educação no trânsito, operação da guarda municipal e o sistema de transporte coletivo, são subordinadas ao secretário. Neste último setor, as decisões passam pelo superintendente de Transporte Coletivo e Individual de Passageiros, José Carlos Diniz Lourenço.
Pelo mesmo organograma, o Conselho Tarifário está inserido como um órgão auxiliar dentro da estrutura da Subsecretaria. Na página institucional, não há qualquer menção à realização de reuniões do colegiado, bem como do Conselho. A falta de transparência nas ações da gestão do prefeito Leonardo Deptulski, o Batata (PDT), é um dos pontos de críticas da oposição neste pleito.
O adversário do prefeito, o deputado estadual Josias Da Vitória (PDT), critica na campanha a falta de informações à população sobre o aumento na passagem. O pedetista afirma que o índice de passageiros por quilômetro (IPK) é elevado, fato que poderia resultar na diminuição no preço das tarifas. Hoje, o preço da passagem no município é um dos mais caros do Estado. Desde janeiro deste ano, o usuário paga R$ 2,00 em dinheiro na roleta ou R$ 1,80 pelo cartão eletrônico por viagem. Por exemplo, se o usuário pegar um outro ônibus em menos de 30 minutos, a nova viagem vai sair por R$ 0,24.
Na época da implantação da integração da bilhetagem eletrônica, em 2005, o então prefeito Guerino Balestrassi sequer consultou o Conselho sobre o novo sistema. Ele foi apresentado ao colegiado apenas duas semanas da inauguração. Há mais de uma década, apenas duas empresas controlam o transporte público em Colatina: Joana D’Arc e São Roque, que custearam, inclusive, os investimentos no sistema. Atualmente, o sistema transporta hoje cerca de um milhão de usuários por mês.
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