Domingo, 05 Mai 2024

Fiorot confirma favoritismo e vence eleição em Pedro Canário

Fiorot confirma favoritismo e vence eleição em Pedro Canário
O Tribunal Regional Eleitoral (TRE-ES) precisou de 55 minutos após o encerramento da votação para anunciar que o candidato Antônio Wilson Fiorot (PSB) é o novo prefeito de Pedro Canário, extremo norte do Estado. O médico-cirurgião, que é natural de Vitória, obteve 46,35% dos votos válidos, batendo com folga seu principal adversário, Gildenê Pereira dos Santos, o Gil da Saúde, (PR), que conquistou 25,4% dos votos. Logo atrás veio Marcos Robério, o Binho, (PMDB), com 20,53%; e Ronaldo Feliciano (PSOL), com 8,09%.
 


Fiorot já havia vencido a eleição de 2012, mas não chegou a tomar posse. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) indeferiu a candidatura do socialista, que ficou inelegível. Em 2011, a Câmara de Pedro Canário cassou o mandato de Fiorot, alegando que o então prefeito havia deixado o comando do município por mais de 15 dias sem justificativa. 
 
A própria Câmara, em 2012, voltou atrás e reconsiderou a cassação de Fiorot, decisão que foi ratificada pelo Tribunal de Justiça do Estado, mas o registro da candidatura já havia sido feito quando ele já estava inelegível para o TSE. Com a impugnação da candidatura de Fiorot, quem assumiu, e permanecia no comando da prefeitura até então, era o presidente da Câmara, o vereador Gil da Saúde, que ficou em segundo lugar na eleição suplementar deste domingo.
 
Segundo o TRE-ES, a eleição suplemantar em Pedro Canário transcorreu tranquila. Uma única urna apresentou defeito e foi substituída. Não houve registro de ocorrências policiais. 
 
Histórico conturbado
 
Desde 2008, quando Mateusão Vasconcelos (PTB) foi eleito prefeito de Pedro Canário, o município vem passando por turbulências políticas com entra e sai de prefeitos. Mateusão, que hoje está preso, foi afastado por decisão da Justiça. O vice também foi impedido de assumir a vaga deixada pelo petebista.
 
Em dezembro de 2010, o TRE deu posse ao segundo colocado nas eleições, Ataídes Canal, que tinha como vice Fiorot.  Três meses depois de tomar posse, Canal também pedeu o mandato por decisão da Justiça, num processo de improbidade. 
 
Antônio Fiorot assumiu o comando do município, mas em maio daquele mesmo ano seria cassado pela Câmara. A partir dai, o então prefeito passou a brigar na Justiça para retornar à prefeitura. Depois de cumprir o restante do mandato enfrentando a Justiça, Fiorot conseguiu se eleger prefeito na eleição de 2012, mas foi impedido de tomar posse. 
 
Apesar de a Câmara e a Justiça comum ter entendido em 2012 que a ação de cassação de Fiorot não procedia, o então candidato eleito prefeito em 2012 acabou ganhando a eleição, mas não levando. As pendências judiciais de Fiorot só foram resolvidas às vésperas da eleição suplementar deste domingo, já que uma das coligações adversárias tentanva novamente impugnar a candidatura do médico.
 
A Justiça, no entanto, entendeu que a causa da inelegibilidade de Fiorot na eleição de 2012 foi o decreto legislativo, fruto de decisão da Câmara de Pedro Canário. Mas como esse decreto foi declarado ilegal pela justiça comum e, posteriormente, anulado pela própria Câmara, portanto, não possui mais efeito eleitoral de inelegibilidade a incidir.

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