O governador Renato Casagrande ganhou novamente destaque na imprensa nacional na discussão sobre a possível candidatura à Presidência da República do governador de Pernambuco, Eduardo Campos, presidente do PSB. Desta vez, o governador é citado na reportagem da Folha de S. Paulo (na sexta, 17, foi o Valor Econômico que abordou a insatisfação do governador capixaba com a candidatura prematura de Campos) sobre a manobra do ministro socialista da Integração Nacional Fernando Bezerra, que segundo o jornal, lidera o motim no partido contra a candidatura própria do PSB à presidência da República.
Ainda, segundo a Folha, o ministro já conversou com Casagrande em seu gabinete e vem buscando com outros governadores do partido – são seis ao todo – apoio para minar a candidatura do partido à Presidência da República, em apoio à reeleição da presidente Dilma Rousseff.
O jornal destaca ainda o encontro do presidente nacional do PT, Rui Falcão com Casagrande para discutir a “neutralidade” do governador capixaba em relação à disputa nacional em troca do apoio petista à reeleição do socialista ao governo do Espírito Santo.
Na semana passada, o governador que vinha mantendo cautela sobre o assunto, declarou ao jornal Valor Econômico a defesa da manutenção da aliança entre PSB, PT e PMDB, que formam o tripé essencial de sua base aliada para a disputa do próximo ano.
Casagrande não partiu para uma ofensiva como o ministro Bezerra, mas afirmou que Eduardo Campos ainda não tem musculatura para disputar a Presidência da República e reforçou a permanência do PSB na base da presidente Dilma Rousseff.
Nesta segunda-feira (20), a presidente foi a Pernambuco. Pela manhã, acompanhada do ministro Fernando Bezerra, Dilma participou do lançamento do navio petroleiro Zumbi dos Palmares, no Complexo Industrial Portuário de Suape, em Ipojuca (região metropolitana do Recife) . À tarde, a presidente participa da inauguração da Arena Pernambuco, em São Lourenço da Mata.
Nos bastidores da agenda presidencial, porém, os meios políticos aguardavam com ansiedade o segundo encontro entre Dilma e Campos, já que o primeiro desde que o governador de Pernambuco iniciou seus movimentos para erguer um palanque alternativo ao Palácio do Planalto, em março passado, foi marcado por troca de farpas entre os dois.
