Domingo, 28 Abril 2024

Fundo partidário pesa na hora da filiação de lideranças

A entrega do PP do Espírito Santo ao deputado federal Carlos Manato, que migra do PDT para disputar a reeleição pelo novo partido, tem uma motivação financeira. Isto porque o partido apostou na aquisição de um quadro que tem três mandatos de deputado federal, uma movimentação que visa a garantir a aquisição de mais fundo partidário. 
 
Ao filiar Manato, o partido ganha R$ 700 mil, o que "vale" cada deputado federal. Além desse valor, o partido também recebe recursos do fundo partidário pelo voto de legenda. Por isso, o PP que não tem representação na bancada federal capixaba, aceitou as condições colocadas pelo parlamentar para filiá-lo e entregou a presidência do diretório regional ao deputado.
 
Essa disputa por quadros para garantir o fundo partidário é o motivo do surgimento de tantos partidos políticos no país. Essa também é a razão pela qual as nacionais vêm obrigando os partidos nos Estados a lançar candidaturas a deputado federal. 
 
No Espírito Santo, alguns nomes vêm sendo cotados para a disputa à Câmara dos Deputados e que podem mudar a configuração da eleição proporcional. Os vereadores de Vitória Rogerinho (PHS) e Devanir (PRB) devem disputar uma vaga na Câmara. Também devem disputar a federal o ex-vereador de Vila Velha Tenório de Merlo (PTdoB) e o correligionário dele, Ademar Rocha, ex-vereador de Vitória. 
 
O presidente da Câmara da Capital, Fabrício Gandini (PPS), também vai disputar a eleição federal, mas o caso dele é diferente, já que deve ter o apoio do prefeito Luciano Rezende (PPS). Além disso, Gandini foi reeleito com a maior votação do Estado e proporcionalmente a segunda maior votação entre as capitais.
 
O secretário de Transportes de Vitória e vereador licenciado, Max da Mata, seria a aposta do PSD para a Câmara. O partido no Estado  está em negociação com o ex-deputado federal Marcus Vicente para cumprir essa função, deixando Max da Mata livre para a disputa à Assembleia.
 
 
Para os meios políticos essa discussão deve mudar a configuração da disputa proporcional no próximo ano, favorecendo alianças fora das aglomerações tradicionais no Estado, como PT-PSB e PMDB ou PSDB-DEM-PPS. Também deve trazer mudanças no perfil da bancada capixaba na Câmara, até por causa dos problemas que parte dos atuais deputados federais terão dificuldade em se reeleger e muitos nomes colocados no mercado trarão um rótulo de novidade para o pleito. 

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