Quinta, 02 Mai 2024

Gerson Camata verbaliza insatisfação de históricos com candidatura de Hartung

Gerson Camata verbaliza insatisfação de históricos com candidatura de Hartung
A declaração do ex-senador Gerson Camata sobre a candidatura do ex-governador Paulo Hartung ao governo do Estado causou surpresa nos meios políticos. À coluna Praça Oito, do jornal A Gazeta desta quarta-feira (30), ele disse que espera uma explicação sobre os movimentos do companheiro de partido. 
 
Sempre com uma atuação política discreta, as lideranças políticas não esperavam uma afirmação mais incisiva do peemedebista. Camata foi quem abonou a ficha de filiação de Hartung no PMDB em 2005, quando ele se preparava para disputar a reeleição ao governo no ano seguinte. 
 
Hoje, porém, sua ligação com o senador Ricardo Ferraço é muito maior. Como Ricardo já se posicionou em favor da reeleição de Renato Casagrande, a posição de Camata é compreensível, mas não se esperava uma manifestação pública em relação à disputa. 
 
Para dentro do PMDB, a posição do ex-senador é simbólica e dá um novo fôlego aos focos de resistência dentro do partido à candidatura própria, considerada de risco para parte dos peemedebistas. Camata defende o governo socialista e alfineta o ex-governador, afirmando que assim como Hartung teve direito à reeleição, Casagrande também tem.
 
Esse discurso é assimilado também por outros peemedebistas históricos. O ex-deputado federal Marcelino Fraga, que controla o diretório de Colatina, no noroeste do Estado, engrossa o coro dos que defendem a permanência do PMDB na base aliada de Casagrande. 
 
Já o deputado estadual Marcelo Santos reafirma a parceria com o governo do Estado e critica a postura do grupo de Hartung, alegando que se o governo do Estado vai mal, o partido também tem responsabilidade, já que é “sócio” do governo atual.
 
O posicionamento de Camata transpira para além do PMDB. A mulher dele, a ex-deputada federal Rita Camata, integrante da Executiva do PSDB, faz parte do grupo tucano que não concorda com uma aliança do partido com o PMDB. 
 
Para os meios políticos fica a impressão de que a candidatura de Hartung ao governo do Estado vem sendo imposta dentro do PMDB. Como ir de encontro a uma candidatura própria é uma postura que não é bem- vista, os membros do partido têm engolido a seco a candidatura, mas o risco de o partido ir para uma disputa acirrada, colocando na berlinda as composições proporcionais, tem causado muitas reclamações internas. 

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