Segunda, 29 Abril 2024

Gilsinho Lopes vai pedir informações sobre escolta de autoridades no Estado

Gilsinho Lopes vai pedir informações sobre escolta de autoridades no Estado

O deputado Gilsinho Lopes (PR) anunciou, na sessão da Assembleia Legislativa desta segunda-feira (31), que vai pedir informações ao governo sobre a fundamentação para os gastos com segurança pessoal de autoridades mantidas pelo Estado. O republicano, que concedeu entrevista ao jornal Século Diário nesse fim de semana, voltou a criticar o fato de autoridades terem militares à disposição em número superior ao efetivo de alguns municípios capixabas. Ele citou os casos de um juiz e até de suplente de vereadores que são beneficiados pela escolta permanente.



“Quero saber a fundamentação legal para essa proteção. Tem gente com segurança andando de stand-up pandle (esporte náutico praticado com auxílio de prancha e remo) e indo para boate com escolta. Se eles estão fazendo isso, então não precisam de seguranças pagos pelo Estado”, afirmou o parlamentar, que criticou a falta de proteção aos parentes de vítimas da violência.



Durante a entrevista concedida ao jornal, Gilsinho citou o caso do juiz Carlos Eduardo Ribeiro Lemos, que teria 16 policiais à sua disposição e de familiares. O magistrado conta com a escolta desde a época da morte do juiz Alexandre Martins de Castro Filho, assassinado a tiros há 11 anos. No ano passado, o juiz utilizou a imprensa para pressionar o tribunal, que ampliou o número de policiais na escolta diária de Carlos Eduardo.



“Um familiar que presenciou um assassinato, não tem segurança, mas tem ex-vereador de Linhares com dois seguranças; juízes, com 15, 16 seguranças; promotores com segurança; prefeitos com seguranças. Tem quase uma companhia da Polícia Militar só para dar segurança a dignitários que não estão sofrendo ameaça nenhuma. Que ameaça estão sofrendo? Tem que ficar comprovada a necessidade”, afirmou.



Segundo Gilsinho, o efetivo de militares deslocado para a escolta do juiz Carlos Eduardo seria suficiente para realizar a segurança de quatros municípios da região norte do Estado: “Pinheiros tem três policiais por dia, Montanha tem três policiais, Mucurici tem dois, e Ponto Belo tem dois. Sobram seis para esticar para Ecoporanga. O juiz tem esse efetivo desde 2003. Isso tem de ser investigado. Qual a real necessidade? Porque isso tem de ser uma coisa provisória e já está permanente”.



De acordo com o Regimento Interno da Assembleia, o requerimento de informações deverá ser lido no expediente da Casa. Logo após, o pedido será encaminhado para a área responsável do Poder Executivo, que terá 30 dias para a resposta. A Constituição Estadual prevê que a recusa ou não atendimento da demanda será enquadrada como crime de responsabilidade, assim como o fornecimento de informações falsas.

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