Segunda, 29 Abril 2024

Givaldo Vieira avoca papel de interlocutor do PT

Givaldo Vieira avoca papel de interlocutor do PT
Na entrevista publicada nesta quarta-feira (24) no jornal A Gazeta, o vice-governador Givaldo Vieira tenta se credenciar como interlocutor do partido para contornar a crise entre PT e PSB. Ele afirma, sem legitimidade para falar em nome do partido, que “não há mal-estar entre o PT e governo”. 
 
Durante a crise entre os dois partidos, deflagrada com a decisão da bancada petista de votar contra o governo no projeto legislativo que propunha o fim da cobrança do pedágio na Terceira Ponte, Givaldo “desapareceu”, ou melhor, estava cuidando de seus interesses, como sempre fez. 
 
No momento em que o governador Renato Casagrande trabalha a fase de rescaldo com a bancada petista, Givaldo, de maneira oportunista, aparece para reivindicar o papel de mediador da crise. Na entrevista, ele diz que procurou convencer os colegas de que a aprovação do projeto causaria prejuízos milionários ao Estado. “Coloquei para eles as reflexões do governo, o que também é a minha posição”. 
 
As próprias declarações de Givaldo denunciam que o vice-governador não tem hoje liderança alguma dentro do partido. Se tivesse, não teria falhado na missão de dissuadir os colegas a votarem a favor do governo. Ele ainda tenta explicar o seu fracasso no papel de articulador. “Não há nesse processo que se avaliar vitoriosos e derrotados”, disse, na entrevista, ao comentar o voto da bancada petista contra o governo.
 
O episódio confirma que o vice-governador está cada vez mais próximo de Casagrande e distante do partido. Esse distanciamento isolou Givaldo das principais lideranças do PT. Mesmo o ex-prefeito de Vitória, João Coser, que na época em que gozava de prestígio político conseguiu emplacá-lo como candidato a vice-governador, já não tem proximidade com o colega.
 
Resta a Givaldo agarrar-se a Casagrande para buscar um assento na Câmara dos Deputados em 2014. Dentro do partido, porém, ele terá que disputar a senha com outros colegas. O ex-prefeito Helder Salomão, que hoje ocupa a Secretaria de Estado de Assistência Social, está no páreo, assim como a deputada Iriny Lopes e o subsecretário de Direitos Humanos, Perly Cipriano. Todos três, ao contrário de Givaldo, gozam de prestígio dentro do partido. 

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