Golpe de 64 é lembrado em meio à ameaça de um novo estado de exceção
Entidades representativas da sociedade civil organizam para esta quarta e quinta-feiras (31 e 1) vários eventos para lembrar os 57 anos do golpe de 1964, que inaugurou a ditadura militar no Brasil, deixou um rastro de sangue e sequestrou a democracia durante 21 anos. As manifestações, que serão realizadas por meio de debates online e da divulgação de manifestos em defesa da democracia, ocorrem um dia depois da substituição dos comandantes militares pelo presidente Jair Bolsonaro, por não concordarem por outro estado de exceção, abrindo uma nova crise no governo.
O documento lembra que "como há 57 anos, o golpe foi planejado e não obedeceu apenas aos anseios fascistas da direita conservadora e reacionária, mas também aos interesses geopolíticos dos Estados Unidos, que não se conformaram com os Brics, Mercosul e a consequente reorganização internacional do poder, sobretudo, com o Brasil do pré-sal".
"Todas as pessoas que acreditam na democracia devem estar preocupadas com esse momento difícil, principalmente quando se observa a Justiça autorizar comemorações ao golpe militar, o que é algo surpreendente", diz o escritor e ativista capixaba Perly Cipriano, uma das vítimas das torturas promovidas pela ditadura, que o manteve preso por 10 anos. Nesta quarta-feira, Perly participa do debate "Golpe militar, democracia e pandemia", com Ana Caracoche, argentina radicada no Brasil, vítima da ditadura militar em seu país.
Para ele, o Brasil atravessa um dos momentos mais difíceis de sua história, como crescimento das milícias e um governo que tenta "esvaziar os governadores e formar com as polícias militares um Estado dentro do Estado", comenta, fazendo referência à carta assinada por 16 governadores, na qual "manifestam sua indignação em face da crescente onda de agressões e difusão de fake news que visam a criar instabilidade institucional nos estados e no país. Vivemos um período de emergência na saúde, e a vida de todos os brasileiros está em grave risco".
Em outro trecho, os governadores esclarecem que, "juntamente com os servidores públicos e profissionais do setor privado, estão lutando muito para garantir atendimento de saúde e apoio social à população. Enquanto isso, alguns agentes políticos espalham mentiras sobre dinheiro jamais repassado aos estados, fomentam tentativas de cassação de mandatos, tentam manipular policiais contra a ordem democrática, entre outros atos absurdos". Eles protestam contra as "autoridades federais, inclusive do Congresso Nacional, que violam os princípios da lealdade federativa".
O manifesto das entidades da sociedade civil, entre elas a Associação de Docentes da Universidade Federal (Ufes) e o Fórum Direito à Memória e à Verdade, afirma que a ditadura inaugurada com o golpe de 64 "colocou meio milhão de brasileiros sob suspeição, mais de 150 mil investigados, 20 mil torturados, entre eles 95 crianças/adolescentes, além dessas, 19 crianças foram sequestradas e adotadas ilegalmente por militares; 7.670 membros das Forças Armadas e bombeiros foram presos, muitos torturados e expulsos de suas corporações. Cassaram 4862 mandatos de parlamentares, 245 estudantes foram expulsos das Universidades pelo Decreto 477; Congresso Nacional foi fechado três vezes".
Segundo estimativa, "mais de 20 mil brasileiros, incluindo indígenas e camponeses, foram exterminados entre os 434 mortos/desaparecidos reconhecidos pela Comissão Nacional da Verdade, 42 eram negros e 45 mulheres. Ocorreram 536 intervenções em sindicatos; e foram colocadas na ilegalidade entidades como a União Nacional dos Estudantes (Une), Associação Brasileira dos Estudantes Secundários (Abes) e, inclusive, a Associação Médica do Espírito Santo (Ames).
O golpe
O manifesto "Lembrar para não repetir" recorda os movimentos do golpe militar, iniciados na "madrugada de 31 de março para o dia 1° de abril, quando as tropas do general Olímpio Mourão marcharam de Minas para Rio de Janeiro, em plena insurgência à Constituição e ao comandante-em-chefe das Forças Armadas, o presidente da República, João Goulart, para operar no campo militar o golpe em curso".
"No dia 2 de abril, também pela noite/madrugada, o senador Aldo Moura, presidente do Congresso, declara vaga a presidência, quando o presidente Jango se encontrava em território nacional, no Rio Grande do Sul, e leva o presidente da Câmara, Ranieri Mazzilli, ao Planalto, com a presença do presidente do STF, Álvaro Ribeiro da Costa, e lhe dá posse como presidente da República. Consolidado o lado institucional do golpe, e com a mídia, especialmente o Globo, atuando decisivamente, o golpe foi dado como fato consumado, e gerou 21 anos de infortúnio aos brasileiros e ao país, fora um longo período de trevas".
Veja mais notícias sobre Política.
Comentários: 23
Salve o dia 31 de março de 1964 e seus heróis, nos livrou da ditadura do proletariado.
Sai dai, robô
E vc é gado do carniça
Comemorar o quê? Com os hospitais e cemitérios superlotados, 14,3 milhões de desempregados e mais de 10,3 milhões de famílias passando fome, segundo o IBGE, o Brasil se tornou o pior país do mundo para se viver!
Estou indo agora para o Ibirapuera para acompanhar as comemorações da Revoluçao de 64, em frente ao Quartel o Comando Leste.
Vai aglomerar de novo, milico de pantufas? Com a pandemia no auge?? Fica em casa, lambe um coturno e toca uma pro teu mito que você ganha mais.
É isso aí!! A mesada dos mortadelas acabou. O peito secou. Canhotos vão trabalhar
Ditador executa seus inimigos.... vide Stalin, Mao Tse, Hitler, Fidel, Mengistu Haile e vários outros...
No Brasil, que "ditadura" foi esta que:
* poupou os principais líderes guerrilheiros;
* foi solicitada pelo povo, que saiu às ruas contra o presidente Jango, que flertava com o comunismo;
* que permitiu a criação de partidos comunistas;
* e que entregou o poder novamente ao povo?
Chamam isso de ditadura?
Foi só um governo militar. E só. Não foi totalitário pois saiu do poder sem a necessidade de luta.
Parem de ser papagaios de "historiadores maconheiros".
Pesquisem os jornais da época (não existia internet e fake naquela época) e saim da matrix enquanto podem.
O robô que se esconde sob o nome de "Marcelo Santos" parece precisar voltar p/ escola p/ estudar sobre o período da ditadura militar, isso se não mente de forma deliberada:
* Quem disse que a ditadura poupou os principais líderes guerrilheiros"? Carlos Marighella, Joaquim Câmara Ferreira, Carlos Lamarca, Mario Alves e outros, foram asassinados ou estão desaparecidos ;
* Quem disse que o golpe foi "solicitado"? Em que eleicão, plebiscito ou mesmo uma mera pesquisa de opinião vc se baseia p/ fazer uma afirmação estapafúrdia e mentirosa? Uma pesquisa feita pelo Galup dias antes do golpe, mostra o contrário, um alto índice de aprovação do então presidente João Goulart (Jango). A casa grande chama de "povo, (sic) que saiu às ruas contra o presidente Jango", a classe média paulistana, dias depois do comício da Central do Brasil, no RJ;
*A mentira tem perna curta, 1o. porque os partidos comunistas já existiam antes d ditadura, foram duramente perseguidos durante sua vigência e só legalizada quando o regime saiu de cena, em 1985;
* Os golpistas não "entregaram" nada, sairam pelas portas dos fundos do Palácio do Planalto, desgastados pela impopularidade e incompetência de seus governos, antes qur acabassem sendo varridos do poder?
Por isso tudo, pelo regime de exceção, pelos atos de casuismo e de exceção cometidos durante 21, pela corrupção que se disseminou e efoi acobertada c/ a truculência dos porões contra quem se atrevesse denunciar e a censura à imprensa; pelo uso de agentes do Estado p/ prender, torturar, matar e fazer desaparecer quem se opusesse ao regime, pelas cassações de mandatos, intervenções em sindicatos; pelos livros, filmes e obras de arte que foram censurados e proibidos, sim, o regime militar foi uma DITADURA.
Não Houve Golpe... A Câmara, a Igreja, o povo. Pediram a intervenção. Ulisses Guimarães pediu.
Chega de contar mentira, graças a Deus e aos honrados chefes militares daqueles tempos que salvaram minha tão querida, segura, livre e esperançosa infãncia e que está ficando só na saudade, devido aos atos dos que não aprederam e insistem em instalar o comunismo que já acorrenta um povo que só gosta de mamata e algazarra, querendo arrastar a todos para a sujeira em que vivem.
estou com os militares, vejo foi o único caminho certo e seguro.
HOJE PODERIA SE REPETIR A DATA DE 1964 EU FICARIA FELIZ POIS PRECISAMOS DE REOGANIZAR AS DIRETIZES DO NOSSO PAIS E SO OS MILITARES DAS FORÇAS ARMADAS E O NOSSO PRESIDENTE PODEM E DEVFEM TORNAR A NOVA ORDEM DO BRASIL. EU VIVI ESTA EPOCA E FOI OS DAS MELHORES DE MINHA VIDA . MEU PRESIDENTE TENHA CORAGEM NÃO DEIXE NOSSO BRASIL NAS MÃOES DOS COMUNISTAS.
GOLPISTA bom é golpista morto.
Zé Mancambira, no romance Noite em Paris, talvez não tenha sofrido tanto com o golpe de primeiro de abril de 1964, mas conheceu muita gente que sofreu enormidades. Muitas mães que sofreram com o desaparecimento de seus filhos.
Seria injusto para com os tolos e mentirosos que o 1 de abril, dia da mentira, fosse tomado deles. Assim é lógico e razoável que o 31 de março tenha sido escolhido para comemorar o dia dos canalhas e traidores da pátria.
NOVAMENTE. Salve o dia 31 de março de 1964! Parabéns aos nossos queridos heróis militares e ao jornalista Carlos Lacerda, aliás, já não se formam jornalista da sua estirpe, aliás, o que temos hoje é um bando de comunistas alheios ao sofrimento do povo e ainda querendo que o maior corruPTo/quadrilheiro da face da terra retorne.
Pelo q tenho visto por ai quem clama pela volta da ditadura qdo é abordado por algum policial do estado costuma choramingar q esta sendo vitima de ditador, ora não são vcs msm q kerem isso? Ou vcs kerem ditadura para os desafetos e liberdade para vcs poderem se livrar de quem vcs kiserem?
Aquele que não conhece a história, esta fadado a cometer os mesmos erros!
Atenção canhotos!!! Acabou a mesada. Trabalhar pra comprar a maconha. O peito secou. Isso aqui tem que organizar. É Ordem e Progresso.