Governador do Amapá se junta a grupo contrário à candidatura de Campos
Depois do governador Renato Casagrande e do ministro da Integração Nacional Fernando Bezerra, foi a vez do governador do Amapá, Camilo Capiberibe, se manifestar contrário à candidatura do presidente do PSB, Eduardo Campos à Presidência da República em 2014.
Capiberibe disse ao jornal Folha de S. Paulo que o melhor para o partido é apoiar a reeleição da presidente Dilma Rousseff e que uma candidatura própria do PSB é um projeto que deve ser pensado para 2018. A afirmação do governador do Amapá vai ao encontro da declaração do governador Renato Casagrande, secretário-geral do partido. Na semana passada, , Casagrande declarou ao Valor Econômico que Campos “ainda” não tem condições disputar a eleição presidencial.
Assim como Casagrande, o governado do Amapá recebeu apoio do PT na eleição de 2010. Ele criticou ainda a aproximação de Campos com o DEM e o MD, que estão no campo da oposição a Dilma.
Nessa segunda-feira (20), Fernando Bezerra defendeu a reeleição de Dilma. O ministro tem se articulado internamente contra a candidatura do presidente do partido. Além de Capiberibe e Casagrande, o governador do Ceará, Cid Gomes, também já manifestou publicamente que irá apoiar a reeleição de Dilma.
Para os meios políticos, além de Bezerra, a posição de Casagrande e de fundamental importância para a discussão interna, já que o governador do Espírito Santo é secretário-geral da sigla e sua palavra tem peso dentro do partido. Mas se o grupo contrário a Campos é forte, o governador de Pernambuco também conta com aliados na construção de seu palanque.
Os governadores da Paraíba, Ricardo Coutinho, e do Piauí, Wilson Martins, podem ser importantes apoios na candidatura. O líder do PSB na Câmara, Beto Albuquerque, também é do grupo que tenta viabilizar a candidatura do presidente do partido. Em abril passado, ele chegou a afirmar que conseguiria o apoio de 30 senadores à candidatura socialista, mesmo a sigla tendo apenas quatro parlamentares naquela Casa.
Embora tente manter uma postura amena, sem confronto com Eduardo Campos, a queda de braço dentro do PSB nacional pode levar Renato Casagrande a endurecer sua posição internamente para manter a trinca com PT e PMDB para seu palanque de reeleição no Estado.
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