Grupo na Assembleia ensaia oposição a Ferraço
Eleito presidente da Assembleia Legislativa em fevereiro deste ano por unanimidade pelo plenário da Casa, o deputado Theodorico Ferraço (DEM) não é mais o mesmo desde então. Os problemas na gestão de Ferraço foram sentidos logo no mês seguinte. Alguns deputados já alertavam que o presidente havia perdido o controle do plenário.
Também em março, Ferraço começou a se afastar da presidência das sessões, expediente que intensificou em abril. Passa as sessões conversando com os colegas no plenário e na sala da presidência. Ferraço também adotou medidas de aproximação dos deputados, como a aprovação do projeto que permite que parlamentares mantenham gabinetes externos.
Isso não foi o suficiente para amenizar o clima de tensão no plenário. Tanto que alguns deputados já iniciam um discurso de oposição ao deputado dentro da Assembleia. José Esmeraldo (PR) é um dos que têm usado a tribuna para cobrar uma postura da Mesa da Casa.
Isso porque ao eleger Theodorico Ferraço em meio a um escândalo que envolvia seu nome em um esquema de fraudes em prefeituras (Operação Derrama), os deputados deram ao demista um voto de confiança. Esperavam que tendo um presidente forte, a Assembleia pudesse se impor diante do Executivo, mas o clima na Casa está cada vez pior, o que tem gerado muita reclamação dos deputados.
Enquanto isso, Ferraço tenta acalmar os colegas de plenário para manter uma harmonia entre os poderes, que não é confortável para os parlamentares, principalmente porque o próximo ano será de reeleição e o governo do Estado não parece priorizar a recondução dos atuais deputados.
O grande problema é que a gestão de Ferraço à frente da Assembleia vai até o final de 2014. Até lá, se não houver uma mudança de postura do presidente da Casa, a gestão tende a ser bastante atribulada, podendo comprometer ainda mais a imagem já desgastada do legislativo estadual.
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