Quarta, 08 Mai 2024

Hartung tem lugar 'marcado' no palanque de Casagrande

Hartung tem lugar 'marcado' no palanque de Casagrande

A reaparição do ex-governador Paulo Hartung ao lado do governador Renato Casagrande na inauguração do Hospital Dr. Jayme Santos Neves, na Serra, nesse sábado (23), era para ser apenas um ato protocolar, já que a construção do hospital teve início no governo passado. Mas serviu de recado para a classe política sobre o posicionamento para a disputa eleitoral do próximo ano.



O recado foi entendido de duas formas. A primeira é de que Hartung tem lugar no palanque de Renato Casagrande e que este lugar já está "marcado". Por isso, a declaração do prefeito da Serra, Audifax Barcelos (PSB) - que reivindicou a vaga de Hartung para o Senado - não parece solta quando se observa as movimentações do mercado.



Ao se antecipar em delimitar o espaço de Hartung no palanque, Casagrande elimina qualquer ameaça à sua candidatura à reeleição. Além disso, também delimita o espaço de movimentação dos partidos que compõem seu grupo.



Ao reservar a cadeira do Senado para o ex-governador, Casagrande deixa claro que a vaga será do PMDB, o que coloca em xeque a movimentação do ex-prefeito Vitória, João Coser, em conquistar a direção do PT como parte da preparação para a candidatura à única vaga ao Senado.



O partido corre o risco, aliás, de ficar prejudicado nas movimentações para a reeleição de Casagrande. A sinalização é pela manutenção da vice no grupo do governador. Mas isso também será complicado. Outros partidos que estiveram no palanque de Casagrande em 2010, querem mais espaço e vão cobrar no próximo ano. Por isso, a briga para a indicação da vice de Casagrande não será tão simples.



As movimentações envolvendo os palanques presidenciais também podem influir nas articulações de Casagrande. Se o presidente nacional do PSB, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, realmente lançar candidatura alternativa à reeleição da presidente Dilma Rousseff, os posicionamentos locais tentem a também se modificarem, com uma aproximação ainda maior entre PT e PMDB, e um afastamento do PSB.



O ninho tucano que vem se aproximando de Casagrande, também deve ter um projeto presidenciável de oposição, o que obrigará o partido a erguer um palanque no Estado. A Rede Sustentável da ex-senadora Marina Silva também pode exigir um palanque no Espírito Santo. Todos esses movimentos podem não inviabilizar a reeleição de Casagrande, mas vão trazer complicações para a acomodação das lideranças no palanque do governador.

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