Terça, 16 Abril 2024

Incerteza sobre disputa à presidência da Assembleia

Incerteza sobre disputa à presidência da Assembleia

O governador Renato Casagrande tem até fevereiro para encontrar um nome no plenário da Assembleia que atenda aos interesses dos deputados e que não crie problemas para o Executivo. Isso porque, a expectativa de que a PEC que reconduziria Theodorico Ferraço (DEM) à presidência da Casa parece que não vai se concretizar. Com ele fora do páreo, as movimentações na Casa devem se intensificar.



A perda de dois membros do DEM e a chegada de mais um na bancada do PT, mudam a configuração do plenário, que ainda vai receber cinco suplentes dos prefeitos eleitos nas disputas municipais deste ano. Por isso, ainda que a PEC fosse aprovada até fim do ano, não há garantia de que Ferraço conseguiria se reeleger.



Isso porque, o governador Renato Casagrande não é entusiasta da ideia e saiu fortalecido da disputa municipal, o que influencia na decisão dos deputados sobre a eleição da Assembleia. Para os meios políticos, o governo poderia ter interesse em dar uma compensação a Ferraço, depois do resultado da eleição deste ano em que ele saiu enfraquecido.



Mas, para os meios políticos, essa movimentação não estaria acontecendo, já que o abono de R$ 2 mil para os servidores transpareceu como uma despedida de Ferraço do cargo. Isso abre a discussão sobre quem será o escolhido de Casagrande. Para Ferraço, o nome de Roberto Carlos (PT) seria palatável. Ele também não desagrada ao Palácio Anchieta. Mas é preciso a movimentação do plenário.



Entre os nomes que poderiam se credenciar para a disputa, o que lidera a lista é o presidente da Comissão de Finanças, Sergio Borges (PMDB). Mas depois de uma condenação no Tribunal de Justiça, o deputado ficou desgastado, mesmo com os parlamentares entendendo que o caso de Borges foi causado por perseguição política, o plenário não arriscaria eleger um nome que teve problemas com a Justiça.



Outro nome que também pode se credenciar é Claudio Vereza (PT). Embora já tenha sido presidente da Casa, os laços familiares com o prefeito de Vitória podem chamar a atenção do governador, interessado em manter em alta a parceira com o município.



Luzia Toledo (PMDB) também é uma parlamentar que não desagrada nem ao Executivo nem o Legislativo. Ela tem uma postura de evitar atritos políticos com a situação e com os colegas, que facilita seu trânsito nos dois poderes.



O mês que antecede o recesso parlamentar deve ser bastante agitado na Assembleia para a discussão sobre o processo de escolha do novo presidente. Discussão que deve também entrar janeiro. Uma coisa é certa: os parlamentares vão procurar um nome que fortaleça o legislativo e o governador um nome que não coloque obstáculos aos projetos do Executivo.

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